Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o terceiro:

terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais,
tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia.
Eugénio
de Andrade, Ofício
de Paciência
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