terça-feira, 26 de julho de 2022

Dia Mundial dos Avós

 


Feliz Dia Mundial dos Avós! 


Sugestões de leitura para avós e netos 


A verdade sobre os avós

Elina Ellis


Quando somos crianças, todos os adultos parecem muuuuuito velhinhos.

Mas ser mais velho não significa ser chato e deixar de namorar ou de dançar. Este livro mostra que a idade não impede que as pessoas sejam surpreendentes e desejem ser felizes.

Elina Ellis, vencedora do prémio Macmillan de Ilustração, criou este livro para acabar com os preconceitos sobre as pessoas mais idosas.

Livro divertido e nostálgico, com ilustrações num estilo muito original, de uma ilustradora inglesa excecionalmente talentosa.

Uma quebra com os estereótipos sobre a terceira idade e uma celebração desta fase da vida com alegria, ternura e bom-humor, ideal para momentos de partilha entre avós e netos.

Meu avô, rei de coisa pouca

João Manuel Ribeiro


A obra Meu Avô, Rei de Coisa Pouca, como o título faz prever, centra-se numa figura cujo retrato começa a desenhar-se, directa e indirectamente, logo na abertura da narrativa ou no incipit: «A casa da eira era o palácio do avô. Nela tinha o seu trono, guardava a sua coroa e retinha os seus tesouros. Na verdade, era apenas um espigueiro antigo de granito. Mas não era o palácio que o tornava rei, era a sua condição de senhor de terras e céus, bichos e chuvas, ventos e aragens, romãs e bonecas de trigo.

A avó come muito queijo, é o que é!

Manuela Leite 



"A minha avó sempre teve amigos - uns de abraço, outros de beijo - e por isso nunca está sozinha.

Os crescidos estão sempre a dizer que a amizade é uma coisa difícil de manter e que não se arranjam amigos com facilidade, mas a minha avó tem um amigo novo por dia.

Lá nisso eu sou muito parecida com ela."


O avô tem uma borracha na cabeça

Rui Zink


O que fazer quando alguém de quem gostamos nos começa a esquecer?

Esta é a história da amizade entre um avô que lentamente vai perdendo as memórias e o neto inventor que se dedica a descobrir uma cura.

Através da sensibilidade de uma criança, chega-nos a lição mais importante: o amor é mais forte do que o esquecimento.


Estes livros estão disponíveis na Biblioteca para empréstimo.

Boas Leituras!

terça-feira, 5 de julho de 2022

Escritor do mês | julho e agosto

 José Eduardo Agualusa

(1960-…)

“Velho Caxombo sonhou com o mar”

Na última tarde da sua vida, quando depois do costumeiro almoço de fungi e quizaca se estendeu na esteira para gozar a sesta, o velho Caxombo sonhou com o mar.(…) O sol declinava quando, numa angústia crescente, se deu conta de que qualquer coisa estava errada e ele não sabia o que era. De súbito enchia tudo. Um silêncio espesso como uma noite sem lua. Não havia pássaros. Todos os pássaros se tinham ido embora. (…).

Então Caxombo dobrou-se sobre si mesmo, como um bicho-de-conta, e enterrando a cabeça entre as mãos fechou os olhos.

- Estou a sonhar – gemeu baixinho – é claro que estou a sonhar.

In D. Nicolau Água-Rosada e outras estórias verdadeiras e inverosímeis


José Eduardo Agualusa [Alves da Cunha] nasceu no Huambo, Angola. Estudou Silvicultura e Agronomia em Lisboa. Os seus livros estão traduzidos para mais uma dezena de idiomas. Também escreveu várias peças de teatro: “Geração W”, “Chovem amores na Rua do Matador”, juntamente com Mia Couto, e o monólogo “Aquela mulher”. Beneficiou de três bolsas de criação literária: a primeira, concedida pelo Centro Nacional de Cultura em 1997 para escrever «Nação crioula», a segunda em 2000, concedida pela Fundação Oriente, que lhe permitiu visitar Goa durante 3 meses e na sequência da qual escreveu “Um estranho em Goa” e a terceira em 2001, concedida pela instituição alemã Deutscher Akademischer Austauschdienst. Graças a esta bolsa viveu um ano em Berlim, e foi lá que escreveu «O ano em que Zumbi tomou o rio». No início de 2009 a convite da Fundação Holandesa para a Literatura, passou dois meses em Amsterdam na Residência para Escritores, onde acabou de escrever o seu romance, «Barroco tropical».

Escreveu crónicas para a revista portuguesa LER e o portal Rede Angola. Escreve crónicas para o jornal brasileiro O Globo e para a revista portuguesa Visão. Na RDP África é realizador do programa A Hora das Cigarras, sobre música e poesia africana.

É membro da União de Escritores Angolanos. Em 2006 lançou, juntamente com Conceição Lopes e Fátima Otero, a editora brasileira Língua Geral, dedicada exclusivamente a autores de língua portuguesa.


OBRA

D. Nicolau Água-Rosada e outras estórias verdadeiras e inverosímeis (1990); Fronteiras perdidas, contos para viajar (1999); Estranhões e Bizarrocos (2000); A substância do amor e outras crónicas (2000); Um estranho em Goa (2000); O ano em que Zumbi tomou o rio (2002); O homem que parecia um domingo (2002); Catálogo de sombras (2003); O vendedor de passados (2004); A girafa que comia estrelas (2005); As mulheres de meu pai (2007); Passageiros em trânsito (2007); Na rota das especiarias (2008); Barroco tropical (2009); Milagrário pessoal (2010); Teoria geral do esquecimento (2012); Os vivos e os outros (2019). 




O Leituras sugere...

 



...para julho e agosto


Senhor mar

André Carrilho


Chegaram os dias de ir à praia, apanhar sol e mergulhar no mar. Pode a menina brincar com o mar sem parar? Não sem o pai primeiro escutar!

Senhor Mar é uma história ternurenta sobre uma menina e a sua família que vão passar um dia na praia. A alegria é imensa e acompanhada de avisos às crianças: é preciso ter cuidado com o mar e também é preciso cuidar dele. O que parece forte também pode ser frágil. 

Esta é igualmente uma história de amor: pelo mar, pela natureza, pelos filhos.
Texto belíssimo, com um ritmo ímpar, sempre a rimar.

A partir dos 6 anos.

Este livro está disponível na Biblioteca para empréstimo.