segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DIA MUNDIAL DA POUPANÇA - 31 de Outubro

O Dia Mundial da Poupança, foi criado com a intenção de alertar os consumidores para a necessidade de disciplinar gastos e de amealhar alguma liquidez, de forma a evitar situações de sobre-endividamento.
 A ideia de criar uma data especial para promover a noção de poupança surgiu em Outubro de 1924, durante o primeiro Congresso Internacional de Economia, em Milão.

Com este Dia Mundial da Poupança,  pretende-se, sobretudo, lembrar que:
  • é necessário pensar a longo prazo,  definir, planear, conceber o futuro
'Poupar é isso tudo, é um gesto simples mas poderoso, é viver o futuro, é ganhar a liberdade para agir no futuro,  é assegurar o futuro'.
Para assinalar esta efeméride, a Biblioteca da Fundação A LORD vai distribuir mealheiros às crianças que participam nas actividades desta semana e, aos pais, folhetos com sugestões sobre como ensinar a gerir e poupar.
Sobre Ideias para entreter as crianças sem gastar dinheiro” recomendamos a consulta do site saberpoupar.com



Campanha Gerir e Poupar
Aos Pais e Encarregados de Educação

A poupança não envolve só adultos, é importante desde cedo inculcar nas crianças princípios ligados ao dinheiro.
Por muito difícil que possa parecer dizer “não” a alguns pedidos por vezes é mesmo necessário. Dar dinheiro aos filhos sempre que estes pedem ou comprar tudo aquilo que querem é um mau ensinamento. É importante demonstrar que o dinheiro é um bem escasso, custa a ganhar, e, por isso, deve ser utilizado com conta peso e medida. É necessário explicar que cada euro tem de ser ganho a trabalhar e que é preciso poupar para conseguir comprar algumas das coisas que eles querem.
Algumas dicas:
1. Comece por explicar de onde vem o dinheiro. Explique que tem de ir trabalhar para ganhar dinheiro. Procure também ensiná-lo a distinguir o que compramos porque “queremos” daquelas coisas que compramos porque “precisamos”
2. Dar o exemplo é fundamental e é essencial que esteja de acordo com o que faz, pois os mais novos tendem a imitar os adultos. As crianças reparam em tudo. Se diz ao seu filho que deve poupar mas, quando vai às compras, tende a gastar quase todo o dinheiro, ele vai notar.
3. A semanada ou mesada é a melhor maneira de os ensinar a poupar e perceber a importância de gerir bem o dinheiro. Não interfira nas escolhas do seu filho e se ele ficar sem dinheiro não lhe dê mais. Da próxima vez ele já será mais cuidadoso nos gastos que fizer. Pode começar a dar uma semanada ou mesada desde cedo com valores adequados.
4. O mealheiro continua a ser um clássico e é sempre uma boa maneira de os ensinar a poupar. No fundo, é o primeiro banco deles. Não o obrigue ou force a pôr dinheiro, não se pretende que ele crie uma aversão à poupança, apenas incentive-o. Aproveite a nossa oferta de um mealheiro para motivar o seu filho para a poupança
5. Opte por fazer jogos didácticos com os seus filhos. O Monopólio é um bom exemplo mas também há outras formas simples. Em casa poderá fazer um orçamento familiar, com um simples gráfico circular ou ainda, sempre que faça uma compra de valor pequeno ensine-o a contar o troco."

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dia Mundial da Alimentação

No âmbito da celebração do Dia Mundial da Alimentação que ocorre no próximo domingo, dia 16 de Outubro, a Biblioteca organizou sessões formativas sobre alimentação saudável, dinamizadas pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, e orientadas por Sara Ferreira e Lígia Ferreira. Participaram nestas sessões alunos dos 3º e 4º anos das Escolas de Igreja e de Parteira.
Interessados, curiosos, os alunos ouviram, atentamente, as informações transmitidas, participaram em jogos educativos e colocaram questões.
No final da sessão, foram distribuídos desdobráveis e cartazes com a síntese informativa sobre alimentação saudável.




quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Implantação da República - 5 de Outubro de 1910


CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

Na viragem do século XIX para o século XX, em Portugal, vivia-se uma situação económica difícil com falências de bancos, desvalorização da moeda, inflação, aumento dos impostos e do desemprego. O operariado e a classe média viviam descontentes com o agravamento das condições de vida. A descrença no regime monárquico acentuou-se com a cedência do rei ao Ultimatum britânico, o que foi considerado um insulto ao orgulho nacional e contribuiu para criar, entre a opinião pública, a ideia de que a monarquia era incapaz de defender os interesses do país. Paralelamente, crescia o número de adeptos do Partido Republicano, fundado em 1876.
A primeira tentativa de implantação da República em Portugal, verificou-se no dia 31 de Janeiro de 1891, no Porto. Embora fracassada, esta revolta, fez engrossar os partidários da República.
O governo de ditadura de João Franco (1907) e as prolongadas ausências do rei D. Carlos nas suas caçadas no Alentejo agravaram ainda mais o descontentamento. O assassinato do rei e do príncipe herdeiro, D. Luís Filipe, em 1908, mostrou o total descrédito em que havia caído a monarquia. D. Manuel II assumiu o poder aos 19 anos, tendo sido o último rei de Portugal.

O Regicídio
O regime republicano implantou-se em Portugal com a Revolução de 5 de Outubro de 1910. A partir do dia 3 de Outubro de 1910, os líderes republicanos começaram a preparar a revolução que iria pôr cobro à monarquia. Sem apoio popular, a revolta esteve à beira do fracasso. Mas no dia 5 de Outubro, após a insubordinação das tropas do Rossio, às 9h da manhã, as forças revolucionárias republicanas, embora desorganizadas, conseguiram controlar a debilidade da reacção monárquica, que acabou por dar-lhes a vitória. A República é proclamada por José Relvas na Câmara Municipal de Lisboa.
 
José Relvas proclama a República (05/10/1910)
Os revolucionários formaram de imediato um Governo Provisório, chefiado por Teófilo Braga. António José de Almeida, Afonso Costa, Basílio Teles e Bernardino Machado integraram também o Governo. Em 24 de Agosto de 1911, a Assembleia elegeu Manuel de Arriaga para primeiro Presidente da República Portuguesa.
A implantação da República fez com que Portugal mudasse a sua bandeira e o seu hino para aqueles que temos actualmente e a sua moeda para escudo. Foi aprovada uma nova Constituição e foram tomadas uma série de medidas que iam de encontro às promessas feitas pelos republicanos, algumas das quais foram retratadas em caricaturas da época.

A- O registo civil obrigatório | B- A Igreja foi separada do Estado

A lei da renda
A HERANÇA REPUBLICANA

Um século depois, o 5 de Outubro congrega-nos numa herança humana, política e histórica inquestionável. Em primeiro lugar como um momento de ímpeto único e de crença optimista na superação das dificuldades colectivas da nação. Depois, como uma experiência social, política e cultural riquíssima que pôs em evidência os valores e os limites da nação e a sua capacidade para delinear as estratégias mais adequadas à construção do futuro. Por último, como um projecto político empenhado em alicerçar a unidade nacional em torno da modernidade e dos valores liberais e democráticos que orientam as sociedades mais avançadas e igualitárias do mundo contemporâneo.