quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

1, 2, 3...uma história de Natal de cada vez

 Olá, amiguinhos! 

Esta é a nossa última história de Natal: "Quando a avó salvou o Natal"


Desafio: poderão fazer um desenho relativo a esta história e, com a ajuda dos pais, enviá-lo para biblioteca@fundacaoalord.pt

Mais tarde, quando voltarem a visitar a nossa Biblioteca, poderão ver os vossos trabalhos numa exposição dedicada a esta atividade.

Participem!  



Autor: HUBERY, Julia - "Quando a avó salvou o Natal". Lisboa, Minutos de Leitura, 2014


Este livro está disponível na Biblioteca para empréstimo.


FELIZ ANO NOVO!!!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Boas Festas | 2020

 


1, 2, 3...uma história de Natal de cada vez

 Olá, amiguinhos! 

A nossa história de hoje é: " é Natal?"


Desafio: poderão fazer um desenho relativo a esta história e, com a ajuda dos pais, enviá-lo para biblioteca@fundacaoalord.pt

Mais tarde, quando voltarem a visitar a nossa Biblioteca, poderão ver os vossos trabalhos numa exposição dedicada a esta atividade.

Participem!     


Autor: CHAPMAN, Jane - "Já é Natal?". Lisboa, Minutos de Leitura, 2013

Este livro está disponível na Biblioteca para empréstimo.


FELIZ NATAL!


quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

1, 2, 3...uma história de Natal de cada vez

 Olá, amiguinhos! 

A nossa história de hoje é: "À espera do Pai Natal "


Desafio: poderão fazer um desenho relativo a esta história e, com a ajuda dos pais, enviá-lo para biblioteca@fundacaoalord.pt

Mais tarde, quando voltarem a visitar a nossa Biblioteca, poderão ver os vossos trabalhos numa exposição dedicada a esta atividade.

Participem! 

Autor: METZGER, Steve - "À espera do Pai Natal". Lisboa, Minutos de Leitura, 2015

Este livro está disponível na Biblioteca para empréstimo.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Um poema...

 PARA HAVER NATAL ESTE NATAL

Para haver Natal este natal

talvez seja preciso reaprendermos

coisas tão simples!

Que as mãos preocupadas

com embrulhos

esquecem outros gestos de amor.

Que os votos rotineiros que trocamos

calam conversas que nos fariam melhor.

Que os símbolos apenas se amontoam

e soltam uma música triste

quando já não dizem

aquela verdade profunda.

Para haver Natal este natal

talvez seja preciso recordar

que as vidas começam e recomeçam

e tudo isso é nascimento (logo, Natal!).

Que as esperanças ganham sentido

quando se tornam caminhos e passos.

Que para lá das janelas cerradas

há estrelas que luzem

e há a imensidão do céu.

Talvez nos bastem coisas afinal

tão simples:

o alento dos reencontros

autênticos,

a oração como confiança

soletrada,

a certeza de que Jesus nasce

em cada ano,

para que o nosso natal alguma vez, esta vez,

seja Natal.

 

Cardeal José Tolentino Mendonça

Escritor do mês | dezembro

 Nicholas Sparks

(1965/)


Nicholas Sparks nasceu em Omaha, no estado do Nebraska, Estados Unidos. Viveu a sua juventude em Fair Oak, na Califórnia e vive atualmente na Carolina do Norte com a família.

Em 1988, licenciou-se em Economia.

Curiosamente, o seu sonho era tornar-se atleta de alta competição, sonho de que teria de abdicar devido a um grave acidente.

Iniciou-se a escrever com apenas vinte e oito anos, enquanto trabalhava como delegado de informação médica. Foi descoberto pela agente literária Theresa Park, que propôs representá-lo, vendendo os direitos do seu primeiro romance, O Diário da Nossa Paixão, à Warner Books. Este romance saiu em outubro de 1996 nos E.U.A. e chegou à lista de best-sellers do New York Times na primeira semana de publicação.

Nunca mais parou de contar as histórias que o consolidaram como um dos mais aclamados escritores da atualidade. Todos os seus livros integram de imediato a lista de bestsellers do New York Times e estão traduzidos para mais de quarenta e cinco línguas, tendo vendido cerca de cento e oito milhões de exemplares até à data.


O Leituras sugere...

 



...para dezembro 


O Grande Livro das Histórias de Natal

Denise Despeyroux


Neste livro encontras onze histórias de Natal que podem ser lidas em qualquer época do ano e em qualquer dia ou noite que desejares, mas que têm outro sabor nesta quadra festiva porque, entre outras características, são as mais belas que já se escreveram ou contaram como narrativas populares.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

1, 2, 3...uma história de Natal de cada vez

Olá, amiguinhos! 

A nossa história de hoje é: "Feliz Natal Lobo Mau"


Desafio: poderão fazer um desenho relativo a esta história e, com a ajuda dos pais, enviá-lo para biblioteca@fundacaoalord.pt

Mais tarde, quando voltarem a visitar a nossa Biblioteca, poderão ver os vossos trabalhos numa exposição dedicada a esta atividade.

Participem! 


 




Autor: CUNHA, Clara - "Feliz Natal Lobo Mau". Lisboa, Livros Horizonte, 2014

Este livro está disponível na Biblioteca para empréstimo.



90 anos da morte de Florbela Espanca

 (1894/1930)

O MEU ORGULHO

Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera

Não me lembrar! Em tardes dolorosas

Lembro-me que fui a Primavera

Que em muros velhos faz nascer as rosas!

As minhas mãos outrora carinhosas

Pairavam como pombas... Quem soubera

Porque tudo passou e foi quimera,

E porque os muros velhos não dão rosas!

O que eu mais amo é que mais me esquece...

E eu sonho: "Quem olvida não merece..."

E já não fico tão abandonada!

Sinto que valho mais, mais pobrezinha:

Que também é orgulho ser sozinha,

E também é nobreza não ter nada!

Florbela Espanca, em "Livro de Sóror Saudade"


(Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa a 8 de dezembro de 1894 e faleceu em Matosinhos a 8 de dezembro de 1930)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

XXIV Aniversário da Fundação A LORD

XX Aniversário da Biblioteca

 

A Biblioteca comemora hoje mais um aniversário e, no próximo dia 5, a Fundação A LORD está também de parabéns.

Em tempo de confinamento, sem o habitual convívio festivo, assinalamos os eventos com a certeza de trabalharmos sempre em prol do desenvolvimento social e cultural de Lordelo.


PARABÉNS BIBLIOTECA!


PARABÉNS FUNDAÇÃO A LORD!


1, 2, 3...uma história de Natal de cada vez

 Olá, amiguinhos! 

Voltamos com as nossas Histórias OnLine.

Durante o mês de dezembro, à 4ª feira, publicamos neste blog e no facebook da Fundação A LORD, uma história de Natal.

Desafio: poderão fazer um desenho relativo a cada história escutada e, com a ajuda dos pais, enviá-lo para biblioteca@fundacaoalord.pt.

Mais tarde, quando voltarem a poder visitar a nossa Biblioteca, poderão ver os vossos trabalhos numa exposição dedicada a esta atividade.

Participem!

A nossa história de hoje: “O rato que cancelou o Natal"




Autor: COOK, Madeleine - “O rato que cancelou o Natal”. Lisboa: Livros Horizonte, 2015

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Escritor do mês | novembro

 Margaret Atwood

(1939/)


Margaret Atwood nasceu em Otava em 1939. É a mais celebrada autora canadiana e publicou mais de quarenta livros de ficção, poesia e ensaio. Recebeu diversos prémios literários ao longo da sua carreira, incluindo o Arthur C. Clarke, o Booker Prize, o Governor General’s Award e o Giller Prize, bem como o Prémio para Excelência Literária do Sunday Times (Reino Unido), a Medalha de Honra para Literatura do National Arts Clube (EUA), o título de Chevalier de l’ Ordre des Arts e des Lettres (França) e foi a primeira vencedora do Prémio Literário de Londres. Está traduzida para trinta e cinco línguas. Vive em Toronto.

BIBLIOGRAFIA

Romances

A Mulher Comestível (1969)Superfície (1972)A Senhora Oráculo (1976)Life Before Man (1979)Danos Corporais (1981)A História de uma serva (1985)Olho de Gato (1988)The Robber Bride (1993)Chamavam-lhe ​​Grace (1996)O Assassino cego(2000)Oryx e Crake (2003)A Odisseia de Penépole (2005)O ano do dilúvio (2009)MaddAddam (2013)The Heart Goes Last (2015)Hag-Seed (2016)Os Testamentos (2019) Órix e Crex (2020)

Contos

" Fantasias de estupro " (1977)" The Resplendent Quetzal " (1977)" Happy Endings " (1983)" Unearthing Suite " (1983)" Freeforall " (1986) No Alto da Árvore (2020)( Literatura Juvenil)

Coleções de poesia

Perséfone dupla (1961)The Circle Game (1964)Expedições (1965)Discursos para o Doutor Frankenstein (1966)Os animais naquele país (1968)The Journals of Susanna Moodie (1970)Procedures for Underground (1970)Política de poder (1971)Você está feliz (1974)Poemas de duas cabeças (1978)True Stories (1981)Interlunar (1984)Manhã na Casa Queimada (1995)The Door (2007)

Não ficção

Survival (1972)Negotiating with the Dead (2002)Escrevendo com intenção (2005)Retorno (2008)

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O Leituras sugere...

 



...para novembro


O Estranhão 

 O dia em que as vacas voaram

Álvaro Magalhães


Para onde vai o tempo perdido? Os cães têm uma vida secreta? Fred encontra as respostas para essas perguntas. E lida com um fantasma na fila dos bilhetes para um concerto, faz uma visita de estudo que corre mal e participa num concurso na televisão com um final inesperado. Por fim, descobre o seu lado negro: o Fred Malvado. E ele que só queria ter uma vida normal, sem sobressaltos... Mas parece que isso não é tarefa fácil para um Estranhão.

Álvaro Magalhães apresenta mais um livro desta coleção cheia de imaginação e estranhamente divertida. 

Curiosos por o ler? Fácil: basta requisitá-lo nesta Biblioteca.

Divirtam-se!

Livro infantil (6-10 anos)

Um poema...

 FAQS

 Acontece-te

acordares antes do teu braço acordar?

Alguma vez te ligaram para vender silêncio?

Para onde vão as palavras

assim que as soltas no ar? Retiras a crosta à ferida

para manter a

dor acesa? Por quanto mais tempo haverá

ignorantes

no poder? O amor é vermelho ou

também existe em preto? A rotina que satura é

a mesma que protege? Comprar tempo

num parquímetro

permite viver mais tempo? Se o gato te arranha

aproveitas para ler a

glicemia? Ao terminares a viagem há

uma placa com o teu nome? Se Deus fosse mulher

teria descansado ao domingo? Pensa bem: se Deus fosse

mulher teria descansado

ao domingo?

João Luís Barreto Guimarães, Movimento

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Louise Glück - Prémio Nobel da Literatura de 2020

 


Louise Glück é a 16.ª mulher a ser galardoada com o Prémio Nobel da Literatura. A escritora é a terceira norte-americana a receber o prémio e a primeira poeta dos Estados Unidos da América a ser laureada. Considerada uma das mais importantes poetas norte-americanas, a importância da sua obra tem sido igualmente assinalada fora do seu país natal.

Em Portugal, nenhum dos seus livros se encontra traduzido, aguardando-se para breve a publicação de edições em português.


O Poder de Circe

Nunca transformei ninguém em porco.

Algumas pessoas são porcos; faço-os

parecerem-se a porcos.


Estou farta do vosso mundo

que permite que o exterior disfarce o interior.


Os teus homens não eram maus;

uma vida indisciplinada

fez-lhes isso. Como porcos,


sob o meu cuidado

e das minhas ajudantes,

tornaram-se mais dóceis.


Depois reverti o encanto,

mostrando-te a minha boa vontade

e o meu poder. Eu vi


que poderíamos ser aqui felizes,

como o são os homens e as mulheres

de exigências simples. Ao mesmo tempo,

previ a tua partida,

os teus homens, com a minha ajuda, sujeitando

o mar ruidoso e sobressaltado. Pensas


que algumas lágrimas me perturbam? Meu amigo,

toda a feiticeira tem

um coração pragmático; ninguém


vê o essencial que não possa

enfrentar os limites. Se apenas te quisesse ter

podia ter-te aprisionado.


Poema publicado originalmente na coletânea Meadowlands (1996), com o título “Circe’s Power”. Editado em Portugal na antologia Rosa do Mundo. 2001 Poemas Para o Futuro (2001), da Assírio & Alvim, numa tradução de José Alberto Oliveira.

Circe Oferece a Taça para Ulisses, pintura a óleo do pintor John William Waterhouse

Circe era uma famosa feiticeira, considerada a Deusa da Noite, que com imenso poder da alquimia, elaborava venenos e poções mágicas. Segundo a lenda, costumava transformar os homens em animais.

Na Odisseia, no decurso de suas perambulações, o herói Ulisses e sua tripulação desesperada chegaram na Ilha de Eana, onde vivia Circe. Ao desembarcar, Ulisses subiu até uma montanha de onde avistou um ponto no centro da ilha, um palácio rodeado de árvores.

Ulisses enviou seus homens para verificar as condições de hospitalidade. Ao se aproximarem do palácio os gregos viram-se rodeados de leões, tigres e lobos, não ferozes, mas domados pela arte de Circe, que eram homens transformados em feras por seus encantamentos. De dentro do palácio vinha uma música suave e o canto de uma bela voz de mulher. Quando entraram, ela os recebeu e eles de nada desconfiaram, exceto Euríloco, o chefe da expedição.

A deusa serviu vinho e iguarias. Enquanto eles se divertiam, Circe tocou-os com uma varinha de condão e eles se transformaram imediatamente em porcos, embora conservando a inteligência de homens. Euríloco se apressou a voltar ao navio e contar o que vira. Ulisses, então, resolveu ir ele próprio tentar a libertação dos companheiros.

Enquanto se encaminhava para o palácio encontrou o jovem Hermes, que conhecia suas aventuras e lhe contou dos perigos de Circe. Não sendo capaz de convencer Ulisses, Hermes deu-lhe o broto de uma planta chamada Moli, dotada do poder de resistir às bruxarias e ensinou-lhe o que deveria fazer.

Quando Ulisses chegou ao palácio foi recebido por Circe com muita cortesia, que lhe serviu vinho e comida. Mas quando ela o tocou com a varinha para transformá-lo em porco, Ulisses tirou sua espada e investiu furioso contra a deusa, que implorou clemência. Ulisses exigiu que ela libertasse seus companheiros e ela retirou o encantamento. Os homens readquiriram suas formas e Circe prometeu um banquete para toda tripulação.

Tratados magnificamente durante vários dias, Ulisses esqueceu de retornar à Ítaca, e se resignou àquela vida inglória de ócio e prazer. Por alguns anos, Ulisses permaneceu com Circe aprendendo com ela as magias do encantamento. Por fim seus companheiros apelaram para seus sentimentos mais nobres, e ele resolveu partir.

Circe recomendou aos marinheiros tapar os ouvidos com cera para passar sãos e salvos pela costa da Ilha das Sereias. As sereias eram ninfas marinhas que tinham o poder de enfeitiçar com seu canto, fazendo-os atirar-se ao mar e encontrar a morte. A Ulisses, Circe aconselhou a amarrar a si mesmo no mastro dando instruções a seus homens para não o libertar, fosse o que fosse que ele dissesse ou fizesse, até terem passado pela Ilha das Sereias.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Vítor Aguiar e Silva vence o Prémio Camões 2020

 


Vítor Aguiar e Silva nasceu em 1939.


Tendo obtido todos os seus graus e títulos académicos na Universidade de Coimbra, foi professor catedrático da Faculdade de Letras da mesma Universidade até 1989, ano em que solicitou a sua transferência para a Universidade do Minho.

Nesta Universidade, foi professor catedrático do Instituto de Letras e Ciências Humanas, fundou e dirigiu o Centro de Estudos Humanísticos e a revista "Diacrítica" e desempenhou as funções de vice-reitor de junho de 1990 a julho de 2002, data em que passou à situação de professor aposentado.

Tem-se dedicado especialmente ao estudo da Teoria da Literatura, domínio em que a relevância do seu ensino e da sua investigação é nacional e internacionalmente reconhecida, e da Literatura Portuguesa do Maneirismo, do Barroco e do Modernismo. Os estudos camonianos têm constituído objeto constante da sua atividade de investigador.

Tem desempenhado funções docentes, como professor visitante, em diversas Universidades estrangeiras. Orientou numerosas dissertações de mestrado e doutoramento, na sua maioria publicadas. Ocupou, por escolha governamental, diversos cargos nas áreas da Educação e da Cultura.

Autor, entre outros, dos seguintes trabalhos: Para uma interpretação do Classicismo, Maneirismo e Barroco na poesia lírica portuguesa, Teoria da Literatura, Competência Linguística e competência literária: Sobre a possibilidade de uma poética gerativa, Análise e metodologia literárias e Camões: Labirintos e fascínios (obra galardoada com o prémio de ensaio da Associação Portuguesa de Críticos Literários e da Associação Portuguesa de Escritores).

A Universidade de Évora atribuiu-lhe o Prémio Vergílio Ferreira de 2002.

Em 2007, foi-lhe atribuído o Prémio Vida Literária, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores e pela Caixa Geral de Depósitos, o mais alto galardão literário existente em Portugal. Em 2018, recebeu o prémio Vasco Graça Moura - Cidadania Cultural.

Vítor Aguiar e Silva é um dos "eminentes professores" signatários da Petição em Defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico, que conta mais de cem mil assinaturas.

O júri da 32ª edição do Prémio Camões, que decorreu em Lisboa, explica a escolha de Vítor Manuel de Aguiar e Silva: "A atribuição do Prémio Camões a Vítor Aguiar e Silva reconhece a importância transversal da sua obra ensaística, e o seu papel activo relativamente às questões da política da língua portuguesa e ao cânone das literaturas de língua portuguesa."

Acrescenta ainda que "no âmbito da teoria literária, a sua obra reconfigurou a fisionomia dos estudos literários em todos os países de língua portuguesa. Objecto de sucessivas reformulações, a Teoria da Literatura constitui-se como exemplo emblemático de um pensamento sistematizador que continuamente se revisita. Releve-se igualmente o importante contributo dos seus estudos sobre Camões."

Da sua vasta bibliografia, destaca-se Teoria da Literatura (1967), A Estrutura do Romance (1974), Teoria e Metodologia Literárias (1990), Camões: Labirintos e Fascínios (1994), Dicionário de Luís de Camões (2011).

O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, com o objetivo de distinguir um autor "cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum".

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Escritor do mês | outubro

LÍDIA JORGE

(1946/)

40 anos de vida literária



Romancista, contista e autora de uma peça de teatro, Lídia Guerreiro Jorge nasceu em Boliqueime em 1946.

Licenciada em Filologia Românica, foi professora liceal em Lisboa e em África – Angola e Moçambique – para onde partiu em 1970. Ali viveu o marcante ambiente da Guerra Colonial, que mais tarde descreveria no romance A Costa dos Murmúrios através da perspetiva de uma personagem feminina, a mulher de um oficial do exército português de serviço em Moçambique.

De regresso a Lisboa continuou a atividade docente e, em 1980, publicou o romance O Dia dos Prodígios, que lhe valeu o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa. Esta sua primeira obra publicada deve um impulso à revolução de abril de 1974: O Dia dos Prodígios constrói-se como uma alegoria do país fechado e parado que Portugal era sob a ditadura, permanentemente à espera de uma força que o transformasse. O romance teve grande impacto junto do público e da crítica e Lídia Jorge foi de imediato saudada como uma das mais importantes revelações das letras portuguesas e uma renovadora do nosso imaginário romanesco. 

A linguagem narrativa deste romance e do seguinte – O Cais das Merendas – remete para a atmosfera do realismo mágico, sobrepondo vários planos narrativos numa estrutura polifónica de onde se destacam personagens que adquirem uma dimensão metafórica, ou mesmo mítica. A autora tem entretanto vindo progressivamente a adotar um tom mais realista, nomeadamente em O Jardim sem Limites, onde à pequena aldeia de Vilamaninhos, que simbolizava no seu primeiro romance o Portugal pequenino e arcaico, se substitui Lisboa, a metrópole europeia onde se cruzam todas as influências e se rarefazem identidades e territórios. Nos romances de Lídia Jorge, a condição sociocultural das personagens, sobretudo as femininas, reflete-se em diálogos, testemunhos a que não é alheia a atenção que a autora dispensa à tradição oral, em relação direta com a crónica da nossa história recente, antes e depois da revolução. A sua peça para teatro (A Maçon) procura um tempo mais remoto, os primeiros anos da ditadura, para retratar a condição feminina imposta pela ideologia do Estado Novo e a perda de liberdades (também) por parte das mulheres.

A par da atividade literária, Lídia Jorge foi professora convidada da Faculdade de Letras de Lisboa, atividade que interrompeu para desempenhar funções na Alta Autoridade para a Comunicação Social, entre 1990 e 1994.

Lídia Jorge tem mais de 30 títulos publicados, entre os quais o premiadíssimo O Vale da Paixão (1998). O seu mais recente romance, "Estuário" (2018), recebeu o XXIV Grande Prémio de Literatura DST e foi finalista, em França, do Prémio Médicis 2019. 

Nesse ano publicou a sua primeira obra de poesia, "O Livro das Tréguas", e, já este ano, o seu primeiro livro de crónicas - "Em Todos os Sentidos".

A autora tem também produção no domínio da literatura infantil (O Último Voo do Pardal, 2007; O Romance do Grande Gatão, 2010).

A escritora foi já distinguida com outros galardões, como o Prémio Vergílio Ferreira (2015), o Prémio Luso-Espanhol de Cultura (2014), o Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass (2006), o Grande Prémio de Romance da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d'Escritas (2002), o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia (2000) e o Prémio D. Diniz da Casa de Mateus (1998).

Em 2020, Lídia Jorge foi distinguida com o Prémio da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, de Literatura em Línguas Românicas.

Lídia Jorge é a 30.ª distinguida com o principal prémio de literatura desta Feira e é o segundo escritor português distinguido, depois de António Lobo Antunes, em 2008.

O Prémio Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro/2019 foi atribuído, em julho passado, à obra de Lídia Jorge.

Os seus livros estão traduzidos para diversas línguas.

Fontes: DGLAB; www.dn.pt



O Leituras sugere...

 



...para outubro 


O Código da Vinci - edição juvenil

Dan Brown



O best-seller de Dan Brown está agora disponível numa adaptação da obra feita a pensar numa nova geração de leitores mais novos. A estrutura base do romance mantém-se inalterada na condução dos leitores desde Paris até Londres, passando por alguns dos seus lugares mais emblemáticos, numa alucinante corrida contra o tempo. A edição inclui mais de vinte fotos coloridas que mostram os locais e as obras de arte mais marcantes na narrativa.

Robert Langdon, professor de simbologia da Universidade de Harvard, está em Paris para dar uma palestra. Na receção que se segue deve encontrar-se com um respeitado curador do mundialmente famoso Museu do Louvre.

Mas o curador nunca aparece e mais tarde, durante a noite, Langdon é acordado pelas autoridades e é informado que o curador foi encontrado morto. De seguida, é conduzido ao Louvre, à cena do crime, e descobre pistas desconcertantes. Este é o ponto de partida para uma corrida contra o tempo, durante a qual Robert Langdon, auxiliado pela criptologista francesa Sophie Neveu, procura decifrar um conjunto de pistas especificamente deixadas para sua interpretação. Se Robert e Sophie não conseguirem resolver o quebra-cabeças a tempo, serão confrontados com um trágico destino.

Literatura Juvenil - Thriller

Um poema...

 Gostaria

Gostaria

Gostaria

De vir a ser um grande poeta

E que as pessoas

Me pusessem

Muitos louros na cabeça

Mas aí está


Não tenho

Gosto suficiente pelos livros

E penso demais em viver

E penso demais nas pessoas

Para estar sempre contente

De só escrever vento

 

Boris Vian, Canções e Poemas

(Boris Vian (1920-1959) foi um polímata - engenheiro, inventor, ator, escritor, poeta, cronista, tradutor e músico de jazz.)

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Novidades

 A Sinfonia dos Animais

 Dan Brown


A "SINFONIA DOS ANIMAIS" CHEGA A PORTUGAL, EM PORTUGUÊS, A 1 DE SETEMBRO, ACOMPANHANDO A PUBLICAÇÃO DO ORIGINAL NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA E O LANÇAMENTO MUNDIAL

“Crianças e adultos poderão experienciar este livro ilustrado intemporal de várias formas: optando pela tradicional leitura em voz alta ou, à medida que se viram as páginas, ir desfrutando também das músicas originais que o autor criou a pensar nesta obra – cada música pertence a um animal. Para tal, recorre-se a uma aplicação gratuita que poderá ser descarregada para o smartphone e que utiliza a tecnologia de realidade aumentada para tocar instantaneamente cada uma das músicas: uma por cada página dupla, bastando para isso que o telefone seja colocado por cima do livro.

À medida que leem o livro e ouvem as músicas em conjunto, crianças e famílias transformam A Sinfonia dos Animais numa verdadeira experiência multissensorial.
Músico de longa data, Dan Brown inspirou-se em trabalhos de clássicos infantis como Pedro e o Lobo e em livros ilustrados da sua infância. N’A Sinfonia dos Animais, o autor combina música e literatura para uma nova geração de jovens leitores que utilizam as mais recentes tecnologias.

«Adoro a arte de contar histórias e os meus livros sempre assentaram sobre vários temas», afirma Dan Brown. «Com A Sinfonia dos Animais, fiquei entusiasmado por poder construir esta ideia e criar uma experiência com várias camadas que conta com três tipos de linguagem em simultâneo: arte, música e palavras. Da mesma forma que uma ópera cativa o seu público com cenários maravilhosos, música dramática e drama lírico, A Sinfonia dos Animais pretende ser uma experiência imersiva para os olhos, os ouvidos e a mente, tudo ao mesmo tempo.»

A Sinfonia dos Animais, que conta com ilustrações de Susan Batori, é um livro ilustrado que permite uma experiência de entretenimento única. No site https://wildsymphony.com/ encontra-se uma amostra da música e de cenas dos bastidores. Depois da publicação da obra, ficará disponível no site a aplicação que garante o acesso às composições musicais através de um QR Code no livro. Adicionalmente, o álbum completo d’A Sinfonia dos Animais será lançado em simultâneo com o livro em setembro e ficará disponível em todas as grandes plataformas digitais.

O primeiro concerto a nível mundial d’A Sinfonia dos Animais acontecerá a 10 de outubro de 2020 em Xangai, na China. A chegada à Europa e aos Estados Unidos da América acontece mais tarde: a 6 de novembro em Zagreb, na Croácia, e a 15 de novembro na cidade natal de Dan Brown, Portsmouth, New Hampshire.”


Escritor do mês | setembro

 DAN BROWN

(1965/)


O escritor norte-americano Daniel Gerhard Brown (Exeter, 22 de junho de 1964), conhecido por assinar como  Dan Brown, nasceu em 1965 em New Hampshire, nos Estados Unidos da América, sendo filho de um professor de Matemática e de uma intérprete de música sacra. Brown estudou no liceu local e mais tarde licenciou-se na Universidade de Amherst.

Mudou-se para Los Angeles onde tentou fazer carreira como compositor, pianista e cantor. No entanto, este plano de vida fracassou e Dan Brown acabou por ir estudar história da arte em Sevilha, em Espanha. Entretanto, a meias com a mulher, escreveu o livro 187 Men to Avoid: A Guide for the Romantically Frustrated Woman.

Em 1993 regressou a New Hampshire para se tornar professor de inglês na escola onde tinha estudado. Passados dois anos, os serviços secretos norte-americanos foram à sua escola buscar um aluno que consideravam uma ameaça nacional por ter escrito, na Internet, que era capaz de matar o presidente Bil Clinton. Dan Brown ficou tão interessado no assunto que começou a fazer pesquisas sobre a Agência Nacional de Segurança. Acabou por resultar desse interesse a escrita do seu primeiro romance Fortaleza Digital, que foi lançado em 1996 com algum sucesso.

Era um romance baseado na violação de privacidade e em conspirações, tendo por sustentação as novas tecnologias.

Quatro anos depois do seu romance de estreia, lançou Anjos e Demónios seguindo-se em 2001 Ponto de Impacto. Finalmente, em Março de 2003, Dan Brown lançou no mercado norte-americano The Da Vinci Code (O Código Da Vinci), que logo no primeiro dia vendeu mais de seis mil exemplares, tendo-se tornado num dos livros mais vendidos de sempre em todo o mundo, com publicações em 42 línguas. 

O Código Da Vinci é um romance policial que tem como protagonista um simbologista norte-americano. Através da obra de Leonardo Da Vinci, onde encontra várias mensagens codificadas, tenta arranjar provas para desvendar um segredo com centenas de anos. 

A obra chegou a Portugal em 2004 e ao fim de poucos meses atingiu as onze edições. O sucesso deste livro levou a que fossem anunciadas uma adaptação cinematográfica e uma sequela literária.

Os livros de Brown contêm temas recorrentes como a criptografia, chaves, símbolos, códigos e teorias da conspiração.

Dan Brown é ainda autor de: A Conspiração, Inferno, O Símbolo Perdido e Origem.

Os seus livros O Código Da Vinci, Inferno, Anjos e Demónios, O Símbolo Perdido, foram adaptados ao cinema.

O Leituras sugere...

 



...para setembro 


A Sinfonia dos Animais

 Dan Brown


O Rato Maestro está a preparar uma grandiosa surpresa sinfónica!

Consegues descobrir o que anda ele a planear? Procura as pistas que ele vai deixando em todas as páginas!

Estás pronto para uma grande aventura? Vem viajar pelos bosques e pelos mares com o Rato Maestro e os seus amigos músicos! Entre outros, vais conhecer uma grande baleia-azul, chitas velozes, escaravelhos minúsculos e cisnes graciosos - cada animal com o seu segredo para te contar e a sua música para escutar. Se ouvires com atenção as melodias da Sinfonia dos Animais, encontrarás cada um deles algures na música.

Nesta história, cada animal tem uma característica que o distingue e transporta um instrumento musical. Individualmente, podem não parecer muito importantes, mas em grupo tornam-se surpreendentes. Quando - conduzidos pelo Rato Maestro - se juntam numa orquestra, o resultado é uma sinfonia afinada e maravilhosa, em que todos os músicos e instrumentos se revelam imprescindíveis e se completam.

As ilustrações de Susan Batori são muito engraçadas, com pistas adicionais escondidas nas páginas e nos cenários, para aguçar a tua curiosidade.


Livro infantil ludodidático