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terça-feira, 28 de maio de 2013
Feira do Livro 2013
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
Sábados D' Encantar
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segunda-feira, 20 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Nuno Júdice vence Prémio Rainha Sofia de Poesia
O poeta português Nuno Júdice foi galardoado, nesta quinta-feira, com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana que reconhece o conjunto da obra poética de um autor vivo, cujo valor literário constitui uma contribuição relevante para o património cultural partilhado pela comunidade ibero-americana.
O galardão, atribuído pelo Património Nacional espanhol e pela Universidade de Salamanca e dotado com 42.100 euros, celebra, este ano, a sua XXII edição.
O júri considerou o poeta, ensaísta e ficcionista português como autor de uma poesia "muito elaborada, de um classicismo depurado", mas, ao mesmo tempo, com um grande compromisso com a realidade, segundo a agência EFE.
À agência Lusa, Nuno Júdice afirmou que o prémio ajudará à projeção da sua obra e sublinhou que evidencia “a importância da poesia portuguesa” no contexto ibero-americano. “Vai dar projeção à minha obra, mas mais importante que isso, mostra que a poesia portuguesa continua a ter um papel importante neste contexto [ibero-americano] ”. O autor confessou estar “contentíssimo” com o galardão. O poeta está a trabalhar num novo livro de poesia, ainda sem título, que "deverá ser editado no final deste ano ou no princípio do próximo".
Nuno Júdice, de 64 anos, é autor de 30 livros de poesia, entre os quais A Matéria do Poema e Guia dos Conceitos Básicos, editado em 2010. O autor, que começou a publicar poesia em 1972 – A Noção do Poema e O Pavão Sonoro –, tem escrito também obras de ensaio, teatro e ficção. A Dom Quixote publicou, no passado mês de Fevereiro, a novela A Implosão. Além do universo hispânico, Nuno Júdice tem obras traduzidas em Itália, Inglaterra e França.
Nasceu na Mexilhoeira Grande, Algarve, formou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa e é professor associado da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em 1989. Entre 1997 e 2004 desempenhou as funções de conselheiro cultural e diretor do Instituto Camões em Paris. Tem publicado estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa. Tem livros traduzidos em várias línguas, destacando-se Espanha, onde tem uma antologia na coleção Visor de poesia, e França, onde está publicado na coleção Poésie/Gallimard. Dirigiu até 1999 a revista Tabacaria, da Casa Fernando Pessoa. Em 2009, assumiu a direção da revista Colóquio/Letras da Fundação Calouste Gulbenkian.
O escritor já foi galardoado com vários prémios literários, nomeadamente o Prémio Pen Clube, em 1985, o Prémio Dom Dinis, em 1990, o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, em 1995, e o Prémio Fernando Namora, em 2004.
A primeira poetisa portuguesa a receber este prémio, em 2003, foi Sofia de Mello Breyner Andresen.
A primeira poetisa portuguesa a receber este prémio, em 2003, foi Sofia de Mello Breyner Andresen.
O Poeta
Trabalha agora na importação
e exportação. Importa
metáforas, exporta alegorias.
Podia ser um trabalhador
por conta própria,
um desses que preenche
cadernos de folha azul com
números
de deve e haver. De facto, o que
deve são palavras; e o que tem
é esse vazio de frases que lhe
acontece quando se encosta
ao vidro, no inverno, e a chuva cai
do outro lado. Então, pensa
que poderia importar o sol
e exportar as nuvens.
Poderia ser
um trabalhador do tempo. Mas,
de certo modo, a sua
prática confunde-se com a de um
escultor do movimento. Fere,
com a pedra do instante, o que
passa a caminho
da eternidade;
suspende o gesto que sonha o céu;
e fixa, na dureza da noite,
o bater de asas, o azul, a sábiainterrupção da morte.
e exportação. Importa
metáforas, exporta alegorias.
Podia ser um trabalhador
por conta própria,
um desses que preenche
cadernos de folha azul com
números
de deve e haver. De facto, o que
deve são palavras; e o que tem
é esse vazio de frases que lhe
acontece quando se encosta
ao vidro, no inverno, e a chuva cai
do outro lado. Então, pensa
que poderia importar o sol
e exportar as nuvens.
Poderia ser
um trabalhador do tempo. Mas,
de certo modo, a sua
prática confunde-se com a de um
escultor do movimento. Fere,
com a pedra do instante, o que
passa a caminho
da eternidade;
suspende o gesto que sonha o céu;
e fixa, na dureza da noite,
o bater de asas, o azul, a sábiainterrupção da morte.
Nuno Júdice
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Escritor do mês | maio
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quarta-feira, 8 de maio de 2013
Exposições | maio
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Um poema...
É Primavera agora, meu Amor!
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
Ah! Deixa-te vogar, calmo, ao sabor
Da vida... não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vão desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!
Também despi meu triste burel pardo,
E agora cheio a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, a tua espera...
Pus rosas cor-de-rosa em em meus cabelos...
Parecem um rosal!
Vem desprendê-los!
Meu Amor, meu Amor, é Primavera!...
Florbela Espanca
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
Ah! Deixa-te vogar, calmo, ao sabor
Da vida... não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vão desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!
Também despi meu triste burel pardo,
E agora cheio a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, a tua espera...
Pus rosas cor-de-rosa em em meus cabelos...
Parecem um rosal!
Vem desprendê-los!
Meu Amor, meu Amor, é Primavera!...
Florbela Espanca
Cada mês com seus provérbios | maio
Em Maio a quem não tem basta-lhe o saco.
Em Maio, as cerejas uma a uma leva-as o gaio; em Junho a cesto e a punho.
Em Maio, come a velha a cereja ao borralho.
Sáveis em Maio, maleitas todo o ano.
Depois de Maio, a lampreia e o sável dai-o.
Dia de Maio, dia de má ventura; ainda é de manhã, logo é noite escura.
Diz Maio a Abril: ainda que te pese me hei-de rir.
Favas o Maio as dá, o Maio as leva.
Fraco é o Maio que não rompe uma palhoça.
Guarda o melhor saio para Maio.
Guarda pão para Maio, lenha para Abril, o melhor bicão para o São João.
Maio claro e ventoso, faz o ano rendoso.
Maio come o trigo, Agosto bebe o vinho.
Maio couveiro não é vinhateiro.
Maio engrandecer, Junho ceifar, Julho debulhar.
Maio frio, Junho quente, bom pão, vinho valente.
Maio hortelão, muita parra e pouco pão.
Maio me molha, Maio me enxuga.
Maio não dá capote.
Maio pardo, ano farto.
Maio pardo, Junho claro.
Maio que não der trovoada, não dá coisa estimada.
Trovoada de Maio depressa passa.
Vinho que nasce em Maio, é para o gaio; se nasce em Abril, vai ao funil; se nasce em Março, fica no regaço.
A boa cepa, Maio a deita.
A erva, Maio a dá, Maio a leva.
Abril chove para os homens e Maio para as bestas.
Abril chuvoso e Maio ventoso fazem o ano formoso.
Peixe de Maio, a quem vo-lo pedir dai-o.
Primeiro de Maio,corre o lobo e o veado.
Quando em Maio não toa, não é ano de broa.
Quando Maio chegar, é preciso enxofrar.
Quando Maio chegar, quem não arou tem que arar.
Quem em Abril não varre a eira e em Maio não sacha a leira, anda todo o ano em canseira.
Quem em Maio não merenda, com os mortos se encomenda.
Quem em Maio relva, não tem pão nem erva.
Quem me vir e ouvir, guarde pão para Maio e lenha para Abril.
De Maio a Abril, não há muito que rir.
Quem quer mal à sua vizinha, dá-lhe em Maio uma sardinha e em Agosto a vindima.
O Leituras sugere...
...para maio
O Livro de Marianinha
Aquilino Ribeiro
O Livro de Marianinha constitui um documento humano extraordinário, pois ilustra a ternura do autor pela sua primeira neta, a quem ele é dedicado, deixando transparecer a cumplicidade que une avós e netos.
Há um sem número de imagens, palavras, cheiros, sons e sabores, enfim, os ruídos de um mundo rural que chegam a uma menina lisboeta, mostrando que as diferenças culturais não são estanques, mas complementares.
“Este livro, Marianinha, leva o teu nome porque foste tu a musa – para empregar a linguagem usada nos bons velhos tempos do metro e da rima - que o inspirou. Para o meu amor pequenino, compus agora estas prosas rimadas.”
É esta dedicatória dirigida à neta Mariana que inicia a obra.
(…)
"Trepávamos pelas árvores aos ninhos,
mas eram mais finos do que nós, os passarinhos,
e íamos declamando à troca-baldroca:
--Eu sei o ninho
dum carrapichinho…
--E eu sei um ninho de gafamagafe
com cinco gafamagafinhos.
Armaram o laço à gafamagafe
e ficaram desgafamagafinhos
os cinco gafamagafinhos.
Caçávamos os insetos estridulantes,
cigarras, ralos e alguns volantes:
Mestre besouro,
nem prata nem ouro,
fungador
como um toiro;
nas suas horas dançador
e acrobata-saltador,
se dá na vidraça,
não a estilhaça
mas faz-lhes dar estoiro
como um pelouro.
(…)
(pg.44)
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Teatro de fantoches | maio
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Teatro de Fantoches
Histórias de Encantar | maio
Terças e Quartas | 10h30
Um bicho estranho
Mon Daporta- Óscar Villan
O cuquedo
Clara Cunha
Paulo Galindro (ilustrador)
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sexta-feira, 3 de maio de 2013
Programação Mensal | maio
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