quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

1, 2, 3...uma história de cada vez

 Olá, amiguinhos!

Hoje trazemos mais uma história natalícia: "Do que mais gosto no Natal..."

FELIZ NATAL para todos!

Desafio: poderão fazer um desenho relativo a esta história e, com a ajuda dos pais, enviá-lo para biblioteca@fundacaoalord.pt


Quando visitarem a nossa Biblioteca, poderão ver os vossos trabalhos numa exposição dedicada a esta atividade.

Participem!

O Ursinho ADORA o Natal. E a Mamã Ursa e o Papá Urso também. É tão mágico. É tão caloroso. É maravilhoso! Mas haverá alguma coisa no mundo de que eles gostem ainda mais?

Autor: HATTIE, Ellie - "Do que mais gosto no Natal...", Minutos de Leitura, Estoril, 2020

Este livro está disponível na Biblioteca para empréstimo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

1, 2, 3...uma história de cada vez

 Olá, amiguinhos!

Hoje trazemos uma história natalícia: "O macaco rabugento - Oh, não, é Natal"

É época de Natal na selva e o Quim Panzé simplesmente não consegue entrar no espírito natalício. A todos, um rabugento Nataaaaal!


Autor: LANG, Suzanne - "O macaco rabugento - Oh, não, é Natal!", Nuvem de Letras, Lisboa, 2021

Este livro está disponível na Biblioteca para empréstimo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

O Leituras sugere...

 




...para dezembro


A árvore das histórias de Natal

José Jorge Letria


Contadas com muita imaginação, ternura, poesia e algum humor, o autor aborda temas desafiantes como a tolerância, a empatia, o abandono, a pobreza ou a memória de quem já não está.

 

O Natal está quase a chegar. Vamos, então, celebrar o espírito natalício com um conto desta coletânea.

A Fava, o Brinde e o Bolo-Rei  


Dentro do enorme bolo-rei encomendado para a noite de Natal as coisas estavam muito longe de correr bem. Porquê? Porque a fava e o brinde tinham passado da fase de amuo à de corte de relações devido às discussões antigas que sempre houvera entre ambos.

 

A fava entendia que o seu papel era, há muito, desvalorizado, fazendo ela, as mais das vezes, o papel de má da fita. Sempre que alguém partia um dente a trincar uma fatia ou ficava incomodado por não lhe ter saído o brinde, mesmo que ele fosse insignificante, o comentário costumava ser:

— Maldita fava, que não está aqui a fazer nada, que só causa problemas e que, ainda por cima, nem serve para ser comida.

Por isso, a fava exigira já ao pasteleiro que a embelezasse, revestindo-a, por exemplo, de chocolate, o que sempre poderia torná-la mais apetecível e menos desprezada. Mas o pasteleiro recusara-se a fazê-lo, em nome de uma velha tradição de que se sentia guardião.

Por sua vez, o brinde, que se encontrava numa posição favorável, sendo sempre o mais procurado no bolo-rei, juntamente com algumas frutas cristalizadas, achava que aquilo que se gastava com a compra bem podia ser aplicado na melhoria da sua qualidade.

Queria, por exemplo, deixar de ser feito em metal barato, do género que escurece e enferruja rapidamente, e passar a ser feito em prata, o que lhe daria o direito de não ser atirado para o fundo de uma caixa esquecida num sótão, ou mesmo para o caixote do lixo.

Em relação a esta exigência também o pasteleiro não se mostrava disposto a ceder, afirmando, por exemplo:

— Se eu fizesse o que me pedes, o brinde sairia muito mais caro do que o bolo-rei.

Eram estes problemas que se encontravam na origem das discussões e dos conflitos a que o pasteleiro se sentia incapaz de pôr termo. Por isso pediu a intervenção da Fada do Natal, com o objectivo de a levar a pôr um pouco de bom senso nas cabeças da fava e do brinde.

A Fada do Natal apareceu na cozinha sem aviso e encontrou a fava e o brinde muito amuados, cada um para seu canto, recusando-se a entrar naquele bolo-rei e, por sua vez, o pasteleiro desesperado a desabafar:

— Se eles se recusarem a colaborar, eu não poderei satisfazer a minha encomenda e, assim, uma família grande passará a noite de Natal sem o bolo-rei que tanto deseja.

Ao escutar esta queixa, a Fada do Natal tomou uma decisão inesperada: puxou da sua varinha mágica e transformou o brinde em fava e a fava em brinde, medida que deixou ambos completamente confusos e sem saberem o que haviam de dizer.

 

Aproveitando o silêncio da fava que agora era brinde e do brinde que agora era fava, o pasteleiro pôs os dois dentro do bolo-rei, ainda em fase de massa mole, e meteu-o dentro do forno. De lá de dentro saíam vozinhas dizendo coisas do género: “Mas que grande confusão. Ainda há pouco tinha forma de fava e agora olho para mim e vejo um brinde prateado” ou “ando eu a pedir para me fazerem em prata e agora não passo de uma rija e triste fava”.

O pasteleiro sentiu uma grande vontade de rir com a confusão que a sua amiga Fada do Natal acabara de criar para o ajudar e por achar inútil toda aquela discussão que prometia arrastar-se para além do que era razoável.

— Obrigado, Fada do Natal, pela preciosa ajuda que me deste. O que posso agora fazer para te compensar? — disse o pasteleiro.

— É simples. Faz chegar o bolo-rei ao seu destino, para que aqueles que o esperam não sejam prejudicados e, se tiveres outros bolos-reis que ninguém tenha comprado, fá-los chegar às mãos daqueles que não têm casa nem família — respondeu a Fada do Natal.

— Então a fava e o brinde?

— Ficarão assim até perceberem que, vistas do outro lado, as coisas são sempre diferentes do que imaginámos. Talvez assim se acalmem e deixem de te causar problemas inúteis.

 

José Jorge Letria

A Árvore das Histórias de Natal

Porto, Ambar, 2006

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Escritor do mês | dezembro

 Rosa Montero

(1951/)


Rosa Montero nasceu em Madrid em 1951. Entre os cinco e os nove anos esteve retida em casa por sofrer de tuberculose e foi nessa época que começou a ler e a escrever com assiduidade. Depois de curada, regressou à escola para frequentar o Instituto Beatriz Galindo, em Madrid. Aos 17 anos, inscreveu-se na Faculdade de Filosofia, mas, no ano seguinte, em 1969, mudou para a Escola de Jornalismo. Ao mesmo tempo, fazia teatro independente. No verão de 1970, começou a escrever alguns artigos no diário Informaciones, de Alicante, seguindo-se uma colaboração na revista Tele-Radio e em diversos órgãos da Imprensa. Como jornalista, atualmente colabora em exclusivo com o jornal El País, tendo obtido, em 1980, o Prémio Nacional de Jornalismo e, em 2005, o Prémio da Associação da Imprensa de Madrid, por toda a sua vida profissional. Com A Louca da Casa recebeu o Prémio Grinzane Cavour de literatura estrangeira e o Prémio Qué Leer para o melhor livro espanhol, distinção que também foi atribuída, em 2006, a História do Rei Transparente. A Ridícula Ideia de Não Voltar a Ver-te viria a ganhar o Prémio da Crítica de Madrid 2014.

 

Recebeu, já em 2017, e pelo conjunto da sua obra, o Prémio Nacional das Letras Espanholas, galardão que o júri fundamentou com a «sua longa trajetória no romance, jornalismo e ensaio.

O seu trabalho foi traduzido para mais de vinte idiomas, ela é Doutora Honoris Causa pela Universidade de Porto Rico.

 

Em 2018 foi nomeada professora honorária do Departamento Académico de Humanidades da Pontificia Universidad Católica del Perú.

 

Em fevereiro de 2019 foi criada a Sala de Aula Rosa Montero na Faculdade de Jornalismo da Universidade Miguel Hernández de Elche (Alicante).

 

Durante o ano de 2020, The Times of Hate ganhou o Prémio Violeta Negra Occitanie 2020 do Festival Toulouse Polars du Sud na França e Rosa Montero recebeu o Prémio de Honra do Festival Panama Negro.

 

É membro honorário da Universidade de Málaga.

 

Publicou os romances: Crónica do desamor (1979) , A função Delta (1981),  Tratarei você como uma rainha (1983) , Amado Amo (1988) , Temblor (1990) , Bella y Oscura (1993) , A Filha do Canibal (Prémio Primavera de Novela em 1997), O Coração do Tártaro (2001), A Louca da casa (2003), Prémio What to Read 2004 para o melhor livro do ano, Prémio Grinzane Cavour para o melhor livro estrangeiro publicado na Itália em 2005, Prémio “Roman Primeur” 2006 (França) e Grand Prix Littéraire de Saint-Emilion, Pomerol, Fronsac (2005-2006); Transparent King Story(2005), Prémio Qué Leer 2005 para o melhor livro do ano, e Prémio Mandarache 2007; Instruções para salvar o mundo (2008), Prémio dos Leitores no Festival de Literaturas Europeias de Cognac (França, 2011); Lágrimas na chuva (março de 2011), Quadrinhos (outubro 2011), Prémio de Melhor Quadrinhos 2011 por voto popular (Feira Internacional de Quadrinhos de Barcelona), A ideia ridícula de não te ver novamente (março de 2013), Prémio da Crítica de Madrid (2014) e Prix du Livre Robinsonnais 2016 na categoria Romans étrangers da Bibliothèque du Plessis Robinson, O Peso do Coração  (2015), A Carne (2016),  Os Tempos do Ódio (2018) e  Boa sorte  (2020).

 

Também publicou o livro de contos Amantes e Inimigos e dois ensaios biográficos, Histórias de Mulheres e Paixões, bem como histórias para crianças e compilações de entrevistas e artigos.



segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Um poema...

O Natal não é ornamento: é fermento

 

É um impulso divino que irrompe pelo interior da história

Uma expectativa de semente lançada

Um alvoroço que nos acorda

para a dicção surpreendente que Deus faz

da nossa humanidade

 

O Natal não é ornamento: é fermento

Dentro de nós recria, amplia, expande

 

O Natal não se confunde com o tráfico sonolento dos símbolos

nem se deixa aprisionar ao consumismo sonoro de ocasião

A simplicidade que nos propõe

não é o simplismo ágil das frases-feitas

Os gestos que melhor o desenham

não são os da coreografia previsível das convenções

 

O Natal não é ornamento: é movimento

Teremos sempre de caminhar para o encontrar!

Entre a noite e o dia

Entre a tarefa e o dom

Entre o nosso conhecimento e o nosso desejo

Entre a palavra e o silêncio que buscamos

Uma estrela nos guiará

 

José Tolentino Mendonça



quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

1, 2, 3...uma história de cada vez

  Olá, amiguinhos!

A Biblioteca hoje está de parabéns! 

E a história de hoje é: "Elmer e o arco-íris"


Desafio: poderão fazer um desenho relativo a esta história ou um desenho bem colorido para presentear a biblioteca e, com a ajuda dos pais, enviá-lo para biblioteca@fundacaoalord.pt

Quando visitarem a nossa Biblioteca, poderão ver os vossos trabalhos numa exposição dedicada a esta atividade.

Participem!


O Elmer fica triste quando descobre que o arco-íris perdeu as cores e decide ajudar. Mas o que acontecerá se ele der as suas cores ao arco-íris? Será que as perde para sempre? Um conto clássico que ensina a dar e partilhar.

Autor: McKEE, David - "Elmer e o arco-íris", Caminho, Alfragide, 2007

Este livro está disponível na Biblioteca para empréstimo.