quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Escritor do mês | novembro

Filipa Fonseca Silva
(1979/)


“Para escrever, é interessante desbravar terrenos que nunca experimentámos.”


Filipa Fonseca Silva nasceu no Barreiro em 1979. Licenciada em Comunicação Social e Cultural pela Universidade Católica, preferiu a publicidade ao jornalismo, tornando-se redatora publicitária em 2004, profissão que ainda exerce. Sonha tornar o mundo mais verde e espalhar histórias bonitas.

"Os Trinta – Nada é como Sonhámos" (2011) foi a sua primeira obra publicada, seguindo-se-lhe "O Estranho Ano de Vanessa M." (2014), “Coisas que uma Mãe Descobre" (2015) e mais recentemente «Amanhece na Cidade» (2017). É a única portuguesa a ter chegado ao Top 100 da Amazon em todo o mundo.

Além de escrever, adora pintar, colecionar sapatos e comer melancia. Vive em Lisboa com o marido e os filhos.


Nas ruas de Lisboa, um táxi circula e observa as vidas que passam por si. Através dele, ficamos a conhecer a história de Manuel, o taxista que não sabe chorar, e das várias personagens que fazem parte dos seus dias. Olinda, a ama de duas crianças mal-educadas; Daisy, a stripper; ou João, o sem-abrigo. Um dia, um momento infeliz com desfecho trágico, obriga Manuel a confrontar-se consigo próprio, e as consequências serão mais transformadoras do que ele alguma vez imaginou


Um romance contemporâneo, que toca temas de sempre, como o amor e a redenção, e outros de agora, como a crise dos refugiados e a alienação da sociedade.

“A ideia para este livro surgiu numa viagem de táxi onde eu encontrei um taxista que me inspirou para a criação do Manuel – que é o taxista desta história. Foi um taxista que, talvez por necessidade, veio o caminho todo a contar-me que a mulher o traiu e deixou. Ele chorava e eu já não sabia o que lhe havia de dizer. Quando saí do táxi pensei: tenho de escrever sobre a história deste taxista e o que lhe aconteceu depois. Foi por aí que tudo começou. Só depois decidi que o narrador não seria um taxista, mas um táxi.”

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Um poema...

Quando
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.

Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.


Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Dia do Mar'


O Leituras sugere...





...para novembro


A Incrível Fuga do Meu Avô

David Walliams


Há muitos, muitos anos, o avô Bandeira foi um ás dos céus e herói de guerra. Mas quando começa a confundir a idade que tem e o tempo em que vive, é enviado para um lar.

A única pessoa capaz de o compreender é Jack, o neto. Juntos, vão viver a maior aventura das suas vidas e planear a mais ousada das fugas!

Esta é a história de uma amizade inquebrável entre um neto e o seu avô que deveria ser lida por todos, inclusive pelos mais velhos, que muitas vezes abandonam simplesmente os seus progenitores em casas de repouso.

Uma obra envolvente e… divertida! A não perder!