quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Visita de estudo

Porto Medieval
Da Sé à Ribeira, um percurso pelo velho burgo portucalense
Visita de estudo
Um clima primaveril acolheu, na passada 6ªf.,24 de Fevereiro, um grupo de alunos do ensino secundário da Escola Básica e Secundária de Lordelo para um percurso pedestre pelo centro histórico do Porto, classificado pela UNESCO como Património Mundial.
Marcado o encontro para o Largo da Sé, começámos por escutar do nosso guia, o professor Daniel Afonso, informações sobre o local onde nasceu a cidade; o morro da Penaventosa e a sede do velho burgo episcopal; a catedral românica e a evolução do espaço urbano envolvente.
Visitámos, depois, a Sé e os seus claustros, A Muralha Fernandina (trecho dos Guindais), miradouro privilegiado para uma belíssima panorâmica sobre o rio Douro. Seguiram-se a Igreja de Santa Clara, com destaque para o esplendor da sua talha dourada, o Bairro da Sé onde se pode respirar, ainda, o ambiente da época medieval e, finalmente, a Praça da Ribeira, situada no coração da antiga cidade e bem no centro da actividade comercial desenvolvida à volta do rio.
Foi junto ao Postigo do Carvão que nos despedimos de um fim de tarde luminoso refletido nas águas do Douro, enriquecidos pela informação pertinente e rigorosa, transmitida, com muita clareza, pelo professor Daniel Afonso.
A Biblioteca da Fundação A LORD cumpriu, uma vez mais, o seu objetivo de promover a cultura junto dos habitantes de Lordelo, nomeadamente dos jovens estudantes da cidade.  










quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

JOSÉ AFONSO (1929-1987)
No 25º aniversário da sua morte

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, cantor e compositor português, ficou conhecido como José Afonso ou Zeca Afonso; nasceu em Aveiro, em 2 de Agosto e faleceu em Setúbal em 23 de Fevereiro. Foi uma figura central do movimento de renovação da música portuguesa que se desenvolveu na década de 60. José Afonso ficou associado ao derrube do regime de ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974, uma vez que uma das suas composições, "Grândola, Vila Morena", foi utilizada como senha pelo movimento militar que instaurou a democracia, em 25 de Abril de 1974.






De Sal De Linguagem Feita

De sal de linguagem feita
Numa verruma que atava
A língua presa do jeito
À forma de ser escrava
O apito do comboio
Que não dizia de onde era
O sinal, a mordedura
A visita que não vem
O corredor, o tapume
A sala vedada às feras
O frenesim das gibóias
Em guarda, a soldo, a comida,
A cosedura do pleito
O cheiro a papel selado
Um cantinho de amargura
Um raio de sol queimado,
Junto do bolso do fato
A morte a vida a vitória
Diga lá minha menina
Se acredita nesta história

José Afonso
(escrito na prisão de Caxias)

Enquanto Há Força

Enquanto há força
No braço que vinga
Que venham ventos
Virar-nos as quilhas
Seremos muitos
Seremos alguém
Cantai rapazes
Dançai raparigas
E vós altivas
Cantai também
Levanta o braço
Faz dele uma barra
Que venha a brisa
Lavar-nos a cara
Seremos muitos
Seremos alguém
Cantai rapazes
Dançai raparigas
E vós altivas
Cantai também.

José Afonso






terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Teatro de Fantoches

Recebemos, hoje, a visita de mais um grupo de amiguinhos: os meninos do JI de Xisto - Alfena.
Depois de um lanchinho retemperador, é hora de ouvir uma história... e deixar voar a imaginação.
“Todos sentadinhos e silêncio!”
O Sapo Apaixonado, (ou não fosse, hoje, o Dia dos Namorados) de Max Velthuiss, subiu ao palco do nosso teatrinho de fantoches pelas mãos e vozes da Fátima e da Rosário. E a mensagem de amizade, de solidariedade lá foi passando, com vontade de ficar no coraçãozinho de cada um...
“Gostam de pintar, de colorir desenhos?”
“Siiiiiiiiim!!!”
E os desenhos de cores vivas foram ficando prontos.
Aqui ficam.
“Até qualquer dia!”







Dia de S.Valentim | 14 de fevereiro de 2012

POEMAS DE AMOR


No âmbito da comemoração do Dia de S. Valentim, publicamos uma série de 6 poemas de amor de poetas famosos.


Aprendamos, Amor
Aprendamos, amor, com estes montes
Que, tão longe do mar, sabem o jeito
De banhar no azul dos horizontes.
Façamos o que é certo e de direito:
Dos desejos ocultos outras fontes
E desçamos ao mar do nosso leito.
José Saramago, in “Os Poemas Possíveis”

Um Amor
Aproximei-me de ti; e tu, pegando-me na mão,
puxaste-me para os teus olhos
transparentes como o fundo do mar para os afogados. Depois, na rua,
ainda apanhámos o crepúsculo.
As luzes acendiam-se nos autocarros; um ar
diferente inundava a cidade. Sentei-me
nos degraus do cais, em silêncio.
Lembro-me do som dos teus passos,
uma respiração apressada, ou um princípio de lágrimas,
e a tua figura luminosa atravessando a praça
até desaparecer. Ainda ali fiquei algum tempo, isto é,
o tempo suficiente para me aperceber de que, sem estares ali,
continuavas ao meu lado. E ainda hoje me acompanha
essa doente sensação que
me deixaste como amada
recordação.

Nuno Júdice, in "A Partilha dos Mitos"


Amor
A jovem deusa passa
Com véus discretos sobre a virgindade;
Olha e não olha, como a mocidade;
E um jovem deus pressente aquela graça.
Depois, a vide do desejo enlaça
Numa só volta a dupla divindade;
E os jovens deuses abrem-se à verdade,
Sedentos de beber na mesma taça.
É um vinho amargo que lhes cresta a boca;
Um condão vago que os desperta e toca
De humana e dolorosa consciência.
E abraçam-se de novo, já sem asas.
Homens apenas. Vivos como brasas,
A queimar o que resta da inocência.
Miguel Torga, in ‘Libertação’

Que Encanto É o Teu?
Amo-te muito, meu amor, e tanto
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.
Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,
um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,
tão quase é coisa ou sucessão que passa…
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.
Jorge de Sena, in ‘As Evidências’

Urgentemente
É urgente o amor
É urgente um barco no mar
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
Eugénio de Andrade, in “Até Amanhã”

O Amor, Meu Amor
Nosso amor é impuro
como impura é a luz e a água
e tudo quanto nasce
e vive além do tempo.

Minhas pernas são água,
as tuas são luz
e dão a volta ao universo
quando se enlaçam
até se tornarem deserto e escuro.

E eu sofro de te abraçar
depois de te abraçar para não sofrer.
E toco-te
para deixares de ter corpo
e o meu corpo nasce
quando se extingue no teu.

E respiro em ti
para me sufocar
e espreito em tua claridade
para me cegar,
meu Sol vertido em Lua,
minha noite alvorecida.

Tu me bebes
e eu me converto na tua sede.
Meus lábios mordem,
meus dentes beijam,
minha pele te veste
e ficas ainda mais despida.

Pudesse eu ser tu
E em tua saudade ser a minha própria espera.
Mas eu deito-me em teu leito
Quando apenas queria dormir em ti.

E sonho-te
Quando ansiava ser um sonho teu.

E levito, voo de semente,
para em mim mesmo te plantar
menos que flor: simples perfume,
lembrança de pétala sem chão onde tombar.

Teus olhos inundando os meus
e a minha vida, já sem leito,
vai galgando margens
até tudo ser mar.
Esse mar que só há depois do mar.

Mia Couto, in "idades cidades divindades"

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Histórias de Encantar

Todos os medos guardados…na Biblioteca!


Os meninos dos Jardins de Infância de Valinhos – Sobreira, de Perletieiro e de Estrada – Cristelo visitaram, recentemente, a Biblioteca para ouvir mais uma História de Encantar.
O Livro dos Medos, de Adélia Carvalho, foi seguido com muita atenção e suscitou um diálogo vivo sobre os medos de cada um.
São alguns destes medos – cobras, fantasmas, aranhas, o escuro, as alturas - registados com muita cor e com vontade de os deixarem bem guardados na Biblioteca, que vamos espreitar.
Ora vejam…


Desenhos dos meninos do JI de Valinhos - Sobreira

Desenhos dos meninos de JI Perletieiro e JI de Estrada


Desenhos dos meninos de JI de Perletieiro e JI de Estrada

Desenhos dos meninos de JI de Perletieiro e JI de Estrada

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Atelier de Olaria

  
Dias 09, 16 e 23 de Fevereiro, na Biblioteca, pelas 10h30 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Escritor do Mês | Fevereiro









O Leituras sugere.........para Fevereiro



Uma Aventura no Carnaval

O Carnaval aproxima-se e esta aventura narrada por duas autoras bem conhecidas de todos vem mesmo a propósito.
Sara é gira, ruiva, bem disposta, ótima aluna e filha de um milionário.
Apaixona-se pelo Chico numa aula de Educação Física. Quando chega o Carnaval convida-o a ele e ao resto do grupo para uma festa de máscaras. Todos aceitaram e estavam a divertir-se à grande quando tiveram a primeira surpresa: apareceu-lhes o Eduardo, com quem já tinham tido grandes aventuras em Lisboa. Pouco depois nova surpresa, essa bem desagradável: os homens mascarados de zorro não vieram para dançar mas para raptar alguém...

A partir dos 10 anos
Bom Carnaval! Boas leituras!


HISTÓRIAS DE ENCANTAR | Fevereiro

Terças | 10h30

07 | A Casinha de Chocolate | Civilização Editora
14 | O Macaquinho de Imitação | Temas e Debates
28 | O Lobo e os Sete Cabritinhos | Trinta Por Uma Linha


FILME DA SEMANA | Fevereiro

Quartas e Sextas | 10h30

01 e 03 | O Bombeiro Sam: Ao Resgate! | 45 Min | M/4 Anos
08 e 10 | O Capuchinho Vermelho | 30 Min | M/4 Anos
15 e 17 | Grande Aventura no Espaço | 69 Min | M/4 Anos
22 e 24 | O Dragão Relutante | 42 Min. | M/4 anos
        29 | Piglet O Filme | 75 Min. | M/4 anos