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segunda-feira, 29 de abril de 2019
quarta-feira, 24 de abril de 2019
Dia Mundial do Livro 2019
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Dia Mundial do Livro
terça-feira, 23 de abril de 2019
DIA MUNDIAL DO LIVRO| 23 ABRIL
As árvores e os livros
As árvores como os livros têm folha
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta de zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.
Jorge Sousa Braga, in Herbário
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Dia Mundial do Livro
quinta-feira, 18 de abril de 2019
DIA MUNDIAL DO LIVRO| 23 ABRIL
Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o nono:
Caixa mágica de surpresa
Um livro
É uma beleza
É uma caixa mágica
Só de surpresa.
Parece mudo
Mas nele a gente
Descobre tudo.
Um livro
Tem asas
Longas e leves
Que, de repente,
Levam a gente
Longe, longe...
Um livro
É parque de diversões
Cheio de sonhos coloridos
Cheio de doces sortidos
Cheio de luzes e balões.
Um livro
É uma floresta
Com folhas e flores
E bichos e cores.
É mesmo uma festa,
Um baú de feiticeiro,
Um navio pirata no mar,
Um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro.
Elias José, in Caixa mágica de surpresa
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DIA MUNDIAL DO LIVRO| 23 ABRIL
Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o oitavo:
Livros livres, homens livres
Eu leio
Releio
Aprendo e conheço
Faço uma viagem pelo mundo,
Respiro fundo
E sou mais feliz!
Um outro mundo é possível, através dos livros.
Há um outro mundo a sua espera.
Conhecimento, Cultura e Felicidade
Lhe esperam a partir da primeira página!
Poetas,
Professores, Estudantes ou simples Trabalhadores
Todos beneficiados com este
Mundo
mágico dos Livros!
quando te abro,
não quero te fechar!
Ah meu livro!
quando te acho,
não quero te deixar!
Ah meu livro!
quando te leio me encontro,
me completo,
não quero
descansar!
Paulo Vogt
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Dia Mundial do Livro
DIA MUNDIAL DO LIVRO| 23 ABRIL
Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o sétimo:
O Homem que Lê
Eu lia há muito. Desde que esta tarde
com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me do vento lá fora:
o meu livro era difícil.
Olhei as suas páginas como rostos
que se ensombram pela profunda reflexão
e em redor da minha leitura parava o tempo. —
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da tímida confusão de palavras
estava: tarde, tarde... em todas elas.
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
as longas linhas, e as palavras rolam
dos seus fios, para onde elas querem.
Então sei: sobre os jardins
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
o sol deve ter surgido de novo. —
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista
alcança:
o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
e estranhamente longe, como se significasse algo
mais,
ouve-se o pouco que ainda acontece.
nada será estranho, tudo grande.
Aí fora existe o que vivo dentro de mim
e aqui e mais além nada tem fronteiras;
apenas me entreteço mais ainda com ele
quando o meu olhar se adapta às coisas
e à grave simplicidade das multidões, —
então a terra cresce acima de si mesma.
E parece que abarca todo o céu:
a primeira estrela é como a última casa.
Rainer Maria Rilke, in O Livro das Imagens
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Dia Mundial do Livro
segunda-feira, 15 de abril de 2019
DIA MUNDIAL DO LIVRO|23 ABRIL
Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o sexto:
Pó
Nas estantes os livros ficam
(até se dispersarem ou desfazerem)
enquanto tudo
passa. O pó acumula-se
e depois de limpo
torna a acumular-se
no cimo das lombadas.
Quando a cidade está suja
(obras, carros, poeiras)
o pó é mais negro e por vezes
espesso. Os livros ficam,
valem mais que tudo,
mas apesar do amor
(amor das coisas mudas
que sussurram)
e do cuidado doméstico
fica sempre, em baixo,
do lado oposto à lombada,
uma pequena marca negra
do pó nas páginas.
A marca faz parte dos livros.
Estão marcados. Nós também.
Pedro Mexia, in Duplo Império
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Dia Mundial do Livro
sexta-feira, 12 de abril de 2019
Escritor do mês | abril
Isabel Rio Novo
(1972/)
Isabel Rio Novo nasceu no Porto. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Portugueses e Franceses pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1993), Mestre em História da Cultura Portuguesa – Época Moderna (1996) e Doutorada em Literatura Comparada (2004) pela mesma universidade. Ao longo do seu percurso académico, recebeu bolsas da Fundação para a Ciência e Tecnologia, do Instituto Camões, da Fundação Engenheiro António de Almeida e da Fundação Calouste Gulbenkian. Leciona história da arte, estudos literários, escrita criativa e outras disciplinas nas áreas da literatura, da história e dos estudos interartes, e é autora de várias publicações nessas áreas, com destaque para o dicionário ilustrado Literatura Portuguesa no Mundo (2005), em parceria com Célia Vieira. Tem dedicado a sua atividade científica à teorização literária, à literatura comparada, particularmente às relações entre a literatura e o cinema, e à comunicação literária no século XXI. Enquanto ficcionista, está representada em antologias de contos. É autora da narrativa fantástica O Diabo Tranquilo (2004), da novela A Caridade (2005, Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes), do livro de contos Histórias com Santos (2014) e dos romances Rio do Esquecimento (2016, finalista do Prémio LeYa e semifinalista do Prémio Oceanos), Madalena (inédito, Prémio Literário João Gaspar Simões) e A Febre das Almas Sensíveis (2018, finalista do Prémio LeYa). É também da sua autoria a biografia, recentemente editada, de Agustina Bessa-Luís, “O Poço e a Estrada” Beneficiou recentemente de uma Bolsa de Criação Literária atribuída pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), de que resultou a escrita do seu quarto romance.
«A tuberculose não era, afinal, a febre das almas sensíveis. Era a doença das multidões operárias das cidades, trabalhando mais do que o permitido por lei, amontoadas em mansardas sem esgotos, exaustas e mal alimentadas. Era a doença dos sobreviventes das guerras, estropiados, desnutridos, desprovidos de tratamento, deambulando pelas ruas com quadros graves de primoinfeção. Era a doença das sociedades miseráveis. E Portugal era uma sociedade miserável.»
A Febre das Almas Sensíveis (p. 92)
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Escritor do Mês,
Programação mensal
DIA MUNDIAL DO LIVRO| 23 ABRIL
Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o quinto:
A ilha do tesouro
O meu tesouro é um
livro
de folhas gastas,
dobradas,
onde ainda brilha o
ouro
de palavras
encantadas:
guinéus, luíses,
dobrões.
Se o abro, à noite,
no quarto,
levanta-se um vento
leve
que enfuna os
lençóis da cama;
cheira a sal,
ouvem-se as ondas,
salpicos de espuma
volteiam no ar.
Mas já não voam as
palavras que voavam
e me arrastavam prò
o mar,
o grande mar que é
muitos e só um.
Por mais que escute
já não ouço
a canção dos
marinheiros:
Dez homens em cima
da mala do morto…
Iou, ou, ou, e uma
garrafa de rum…
Antigamente era
outra essa viagem
e era eu o rapaz da
estalagem.
Escondido na
barrica das maçãs,
escutava o
taque-taque
do homem da perna
só
e as conversas dos
piratas
que passavam no
convés:
Com quarenta homens
nos
mas só um, afinal,
se conseguiu
salvar.
Faca de punho
rachado,
bússola, sabre,
telescópio de
latão.
Só o rum é que
podia
derrubar o capitão;
mas agora ele está
morto
e tem duas moedas
de prata
no sítio dos olhos,
um buraco para os
peixes
no lugar do
coração.
O mar também é abismo
e assombro e
perdição.
Com mil diabos!
Icem já a vela
mestra,
seus patifes de uma
figa!
Já chega de beber
rum
e de coçar a
barriga.
Depressa! Está na
hora de arribar!
Mesmo em frente há
uma ilha
que cresceu durante
a noite
do outro lado do
mar.
Tragam o mapa de
Flint,
limpem o pó dos
canhões,
sintam o cheiro do
ouro.
O vento nos levará
para a ilha do
tesouro.
Para a ilha do
tesouro!
As palavras que me
levem
para a ilha do
tesouro
e seja ela onde
for.
Quero os meus
lábios gretados
pelo sal, pelo
calor,
como no tempo em
que era jovem
e andava no mar
e era o tempo
melhor.
Que aconteceu? Quem
sou eu?
Quem lê o livro não
é quem o leu?
Onde está o mapa
do tesouro que me
deste?
Três cruzes a
vermelho,
duas a norte, uma a
sudeste.
Agora abro o livro
e não acontece
nada.
A minha noite é só
medo e frio,
uma terra
ressequida
batida por mar
nenhum.
Por mais que escute
já não ouço
a canção dos
marinheiros:
Dez homens em cima
da mala do morto…
lou, ou, ou, e uma
garrafa de rum.
Álvaro Magalhães, O Limpa-palavras e outros poemas
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Dia Mundial do Livro
DIA MUNDIAL DO LIVRO| 23 ABRIL
Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o quarto:
A um Livro
No silêncio de
cinzas do meu Ser
Agita-se uma sombra
de cipreste,
Sombra roubada ao
livro que ando a ler,
A esse livro de
mágoas que me deste.
Estranho livro
aquele que escreveste,
Artista da saudade
e do sofrer!
Estranho livro
aquele em que puseste
Tudo o que eu
sinto, sem poder dizer!
Leio-o, e folheio,
assim, toda a minh’alma!
O livro que me
deste é meu, e salma
As orações que
choro e rio e canto! ...
Poeta igual a mim,
ai que me dera
Dizer o que tu
dizes! ... Quem soubera
Velar a minha Dor
desse teu manto! ...
Florbela Espanca, Livro de Mágoas
quarta-feira, 10 de abril de 2019
DIA MUNDIAL DO LIVRO|23 ABRIL
Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o terceiro:

terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais,
tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia.
Eugénio
de Andrade, Ofício
de Paciência
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Dia Mundial do Livro
terça-feira, 9 de abril de 2019
DIA MUNDIAL DO LIVRO|23 ABRIL
Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o segundo:
Um livro
Levou-me um livro
em viagem
não sei por onde é
que andei
andei com o sultão
no Brunei?
P’ra falar verdade,
não sei
Com um livro cruzei
o mar,
não sei com quem
naveguei.
Com marinheiros,
corsários,
tremendo de febres
e medo?
P’ra falar verdade
não sei.
Um livro levou-me
p’ra longe
não sei por onde é
que andei.
Por cidades
devastadas
no meio da fome e
da guerra?
P’ra falar verdade
não sei.
Um livro levou-me
com ele
até ao coração de
alguém
E aí me enamorei –
de uns olhos ou de
uns cabelos?
P’ra falar verdade
não sei.
Um livro num passe
de mágica
tocou-me com o seu
feitiço:
Deu-me a paz e
deu-me a guerra,
mostrou-me as faces
do homem
– porque um livro é
tudo isso.
Levou-me um livro
com ele
pelo mundo a
passear
Não me perdi nem me
achei
– porque um livro é
afinal…
um pouco da vida,
bem sei.
João Pedro Mésseder,
O G é um gato enroscado
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Dia Mundial do Livro
segunda-feira, 8 de abril de 2019
DIA MUNDIAL DO LIVRO|23 ABRIL
Para comemorar esta
efeméride, publicaremos diariamente, até 23 de abril, um poema sobre o livro ou
a leitura. Este é o primeiro:
Os livros
tê-los ao colo,
afagá-los com as
mãos,
abri-los de par em
par,
ver o Pinóquio a
rir
e o D. Quixote a
sonhar,
e a Alice do outro
lado
do espelho a
inventar
um mundo de
assombros
que dá gosto
visitar.
Apetece chamar-lhes
irmãos
e deixar brilhar os
olhos
nas páginas das
suas mãos.
José Jorge Letria, Pela casa fora
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Dia Mundial do Livro
O Leituras sugere...
...para abril
O divertido livro das boas maneiras
Philippe Jalbert
Este livro é para todos os que querem aprender ou relembrar as boas maneiras... crianças e não só... de forma muito divertida!
Programação mensal | abril
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