terça-feira, 1 de junho de 2021

Dia Mundial da Criança

 


O Dia Mundial da Criança foi estabelecido oficialmente em 1950 na sequência do congresso da Federação Democrática Internacional das Mulheres, realizado em 1949, em Paris. Portugal, à semelhança de vários países, adotou este dia para celebrar o Dia da Criança com o objetivo de sensibilizar toda a comunidade para os direitos das crianças e para a necessidade de promover uma melhoria das suas condições de vida, tendo em vista o seu pleno desenvolvimento.

Por vezes é difícil distinguir este dia, 1 de junho, do dia 20 de novembro, considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Universal da Criança, dia em que se celebram dois marcos importantes. A 20 de novembro, de 1959, foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança. Nesse mesmo dia, mas em 1989, foi adotada, também pela Assembleia Geral da ONU, a Convenção dos Direitos da Criança, que Portugal ratificou no dia 21 de setembro de 1990. 

Não existe uniformização de data para a celebração dos direitos das crianças, contudo, o seu objetivo será sempre o mais nobre: promover os direitos e o bem-estar de todas as crianças, onde quer que estejam.
Fonte: https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-da-crianca-2021


A Declaração Universal dos Direitos das Crianças diz-nos que:

1. Todas as crianças têm o direito à vida e à liberdade.

2. Todas as crianças devem ser protegidas da violência doméstica.

3. Todas as crianças são iguais e têm os mesmos direitos, não importa a sua cor, sexo, religião, origem social ou nacionalidade.

4. Todas as crianças devem ser protegidas pela família e pela sociedade.

5. Todas as crianças têm direito a um nome e nacionalidade.

6. Todas as crianças têm direito a alimentação e ao atendimento médico.

7. As crianças portadoras de dificuldades especiais, físicas ou mentais, têm o direito a educação e cuidados especiais.

8. Todas as crianças têm direito ao amor e à compreensão dos pais e da sociedade.

9. Todas as crianças têm direito à educação.

10. Todas as crianças têm direito de não serem violentadas verbalmente ou serem agredidas pela sociedade.


A propósito do Dia Mundial da Criança, o PÚBLICO perguntou a pais e a especialistas o que é preciso para ter os miúdos felizes. As respostas variam, mas numa coisa todos parecem estar de acordo: a felicidade dos mais pequenos depende dos mais velhos. 


“É ter os pais como porto seguro”

Bárbara Ramos Dias, psicóloga especialista em crianças e adolescentes

O que faz uma criança feliz é ver os seus pais felizes. É ter colo, ser abraçado, receber elogio por ter conseguido ter positiva, ver televisão em família, passear em família, jogar jogos de tabuleiro em família, brincar, sujar, ser livre, ser criança, ser ele próprio. É ter a casa como o seu castelo de conforto, é ter os pais como porto seguro, e não como um inferno de gritos. É amar e ser amado com muitas regras e firmes, mas também com muito amor, colo e muitas pepitas de alegria

“É virar tudo do avesso”

Isabel Stilwell, escritora e jornalista, co-autora das Birras de Mãe 

Uma ideia para fazer uma criança feliz? Regá-la com a mangueira do jardim, mas com os sapatos postos! Pronto, é provável que ao princípio pense que a avó enlouqueceu, mas depois vai ser invadida por um sentimento enorme de liberdade — de que tudo é possível. A certeza de que, muitas vezes, podemos virar tudo do avesso sem que daí venha mal ao mundo.

“Ser crianças!”

Hugo Rodrigues, pediatra, autor de livros e do site “Pediatria para Todos”

O que as crianças mais precisam para serem felizes é de cuidadores adequados, emocionalmente envolvidos e (muito) carinhosos, que lhes deem a confiança de que necessitam. Precisam de brincar, explorar o ambiente e passar por desafios que estimulem a sua criatividade e capacidade de se superarem todos os dias. Precisam de muito amor, mas também de regras para se sentirem seguras e com um genuíno sentimento de pertença. Precisam que não lhes coloquem expectativas demasiados elevadas e que não as encarem como adultos em “miniatura”, para poderem fazer aquilo que melhor sabem: ser crianças! E, para tudo isto, precisam de algo que todas as crianças devem ter: muito amor!

“Pais felizes, filhos felizes”

Carolina Vale Quaresma, terapeuta familiar

Fazer uma criança feliz é mais simples do que parece e menos complicado do que fazemos. Quer conhecer a receita? Os “ingredientes base” são: dormir bem, comer bem e que os seus pais sejam tranquilos e confiantes, por isso, o “recheio” passa por uma dose de confiança, bom senso e relaxamento. A confiança é dos ingredientes mais importantes em todo o processo. Foque nela e naquilo em que acredita. Siga o seu instinto, está quase sempre certo. A pitada de bom senso fará toda a diferença. Depois junte um pouco de relaxamento, de calma e tranquilidade. O dormir bem está na base de uma receita de sucesso para uma criança feliz. O foco nestes ingredientes é essencial para pais felizes, logo para filhos felizes e para relações saudáveis.


“Coisas pequenas que se fazem grandes”

Madalena Sá Fernandes, Gestora de Redes Sociais e cronista do PÚBLICO

O que faz as crianças felizes são coisas pequenas que se fazem grandes. A ida ao supermercado, o castelo na areia, a espuma no banho. As pequenas surpresas: um pai que começa a dançar, uma mãe que faz um pino, uma avó que vai buscar à escola. E as pequenas doses de liberdade: apanhar uma flor, um passeio de bicicleta, uma festinha a um cavalo. As pequenas rotinas: a história antes de dormir, a bata antes da escola, a pasta de dentes de morango. As pequenas fugas à rotina: a música que se canta no carro, ir para a cama dos pais, vestir o casaco da Minnie. As pequenas sensações: desembrulhar o presente, chutar a bola, dizer adeus ao avião. As pequenas conquistas: o puzzle montado, calçar os sapatos, nadar sem braçadeiras. E, sobretudo, os pequenos mimos: o colo, o beijo e o abraço.

Fonte:https://www.publico.pt/2021/06/01/impar/noticia/faz-crianca-feliz-sete-respostas-curtas-pergunta-dificil-1964765

Livros infantis para o Dia da Criança

O Bolo de Maçã-Um hino à gratidão

de Dawn Casey; Ilustração: Genevieve Godbout
Editor: Fábula, janeiro de 2021 

Um passeio pelo campo para recolher os ingredientes de um delicioso bolo de maçã pode ser um momento mágico de comunhão com a natureza.
Este livro ensina-nos que há gestos simples com os quais podemos demonstrar a nossa gratidão. A receita do bolo, no final, convida a que a mensagem do livro continue presente durante a sua preparação e partilha.





Eu Não Tenho (Muito) Medo do Escuro

Com centenas de minúsculos buracos

de Anna Milbourne; Ilustração: Daniel Rieley 
Editor: Jacarandá Editora, dezembro de 2020 

Quando o sol se põe, o Escuro estica-se. Torna-se maior e maior até cobrir tudo.
O Escuro pode ser assustador; mas também pode ser outras coisas - tudo depende de como olhas para ele.



Que Confusão!

de Pippa Goodhart; Ilustração: Emily Rand 
Editor: Fábula, maio de 2021 

A Francisca gosta de organizar tudo à sua volta, arrumar as coisas e fazer conjuntos. Organiza os brinquedos, os objetos da cozinha, as plantas e até os animais.

Mas há algo que a Francisca não consegue organizar: as pessoas!
Como é que ela vai decidir onde pertencem a família, os amigos ou… ela mesma?




Obrigado, Professor!

de Kobi Yamada; Ilustração: Natalie Russell 
Editor: Editorial Caminho, março de 2021 

Quem não se lembra da sua professora preferida, do seu professor predileto?

Que seria de nós sem os professores, essas pessoas especiais que nos inspiram, nos apoiam e nos estimulam?

Este livro é para eles: os educadores, os treinadores, os orientadores.
Para lhes agradecer por todos os mundos que nos abriram.
Para lhes agradecer a diferença que fizeram na nossa vida.



A Verdade sobre os Avós

de Elina Ellis 
Editor: Fábula, fevereiro de 2021 

Quando somos crianças, todos os adultos parecem muuuuuito velhinhos.

Mas ser mais velho não significa ser chato e deixar de namorar ou de dançar. Este livro mostra que a idade não impede que as pessoas sejam surpreendentes e desejem ser felizes.

Elina Ellis, vencedora do prémio Macmillan de Ilustração, criou este livro para acabar com os preconceitos sobre as pessoas mais idosas.

Livro divertido e nostálgico, com ilustrações num estilo muito original, de uma ilustradora inglesa excecionalmente talentosa.

Uma quebra com os estereótipos sobre a terceira idade e uma celebração desta fase da vida com alegria, ternura e bom-humor, ideal para momentos de partilha entre avós e netos.


Quando o Lápis e a Borracha se juntaram

de Karen Kilpatrick e Luis O. Ramos, Jr.; Ilustração: German Blanco 
Editor: Jacarandá Editora, novembro de 2020 

Uma amizade especial entre um lápis e uma borracha. O valor da entreajuda num livro pautado pelo humor.

Quando o lápis desenha nas páginas deste livro, a borracha apaga parte do trabalho do Lápis, e o próprio livro começa a tornar-se um painel das suas criatividades.

Um dia, vão descobrir que quando trabalham e criam em conjunto, fazem coisas ainda mais bonitas.

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