DEVAGAR
Nada entre nós tem o nome da pressa.
Conhecemo-nos assim, devagar, o cuidado
traçou os seus próprios labirintos. Sobre a pele
é sempre a primeira vez que os gestos acontecem.
Porém,
se se abrir uma porta para o verão, vemos as
mesmas coisas –
o que fica para além da planície e da falésia; a
ilha,
um rebanho, um barco à espera de partir, uma
palavra
que nunca escreveremos. Entre nós
o tempo desenha-se assim, devagar.
Daríamos sempre pelo mais pequeno engano.
Maria do Rosário Pedreira, Poesia Reunida
Sem comentários:
Enviar um comentário