Rostos da minha infância,
crianças sem asas, sujas
de fome, com ferrugem
nos antebraços e fuligem
nas mãos. Gentis como cães
vadios, epifanias breves
em redondilha menor,
açúcar no fim da cevada.
Hoje anoitece com desmesura.
E, no entanto, a luz.
José Rui Teixeira, Autópsia [poesia reunida]
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