terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Escritor do mês | dezembro

JOËL DICKER
(1985/)


“Escrevo porque gosto de ler romances e é isso que quero fazer.”

Joël Dicker nasceu em Genève, Suíça, em 1985, filho de pai professor de literatura francesa e mãe funcionária de uma livraria. Formado em Direito, sempre quis ser escritor. Começou a escrever em revistas era muito novo. Trabalhou como jornalista.

O seu primeiro romance, Os últimos dias dos nossos pais, venceu o Prémio dos Escritores de Genève. A verdade sobre o caso Harry Quebert é o seu segundo romance. Publicado em França em 2012, quando Joël tinha apenas vinte e sete anos, tornou-se rapidamente um best-seller mundial, traduzido para 40 línguas e com cinco milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Recebeu vários prémios: Prix de la Vocation Bleustein-Blanchet, o Grande Prémio do Romance da Academia Francesa, o Prémio Goncourt des Lycéens e o prémio da revista Lire para Melhor Romance em língua francesa. O Livro dos Baltimore é o terceiro romance deste aclamado autor. O desaparecimento de Stephanie Mailer é o seu quarto romance e confirma a mestria de Dicker no género do mistério literário, tendo vendido 48 mil exemplares nos primeiros seis dias em livraria, em França e na Suíça.

 



 A RESPEITO DOS ACONTECIMENTOS DE 30 DE JULHO DE 1994

 Apenas as pessoas familiarizadas com a região dos Hamptons, no estado de Nova York, souberam do que aconteceu em 30 de julho de 1994 em Orphea, uma pequena e badalada cidade balneária. Naquela noite, Orphea inaugurava seu primeiro festival de teatro, e o evento, de alcance nacional, atraíra um bom público. Desde o fim da tarde, os turistas e a população local haviam começado a se aglomerar na rua principal para participar das diversas festividades organizadas pela prefeitura. Os bairros residenciais ficaram tão vazios que lembravam uma cidade fantasma: não havia mais pessoas nas calçadas, casais nos portões, nem crianças andando de patins na rua, ninguém nos jardins. Todo mundo estava na rua principal. Por volta das oito horas da noite, no bairro completamente deserto de Penfield, o único sinal de vida era um carro que percorria lentamente as ruas abandonadas. Ao volante, um homem espreitava as calçadas com um fulgor de pânico no olhar. Nunca se sentira tão sozinho no mundo. Não havia ninguém para ajudá-lo. Não sabia o que fazer. Procurava desesperadamente sua mulher: ela saíra para correr e não voltara.

In O desaparecimento de Stephanie Mailer 

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