sexta-feira, 4 de maio de 2018

Escritor do mês | maio


RODRIGO GUEDES DE CARVALHO

(1963/)

Rodrigo Manuel Rocha Guedes de Carvalho (Porto, 14 de novembro de 1963) é um jornalista e romancista português.


Licenciado em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, entrou para o centro de formação da RTP onde se profissionalizou e onde começou por trabalhar na secção de desporto. 

Em 1991, a convite de Emílio Rangel transita para a SIC.

Em 1992 estreou-se na escrita, com o romance Daqui a Nada, vencedor do Prémio Jovens Talentos da ONU.

Recebeu o Prémio Especial do Júri do Festival Internacional FIGRA, em França, com uma Grande Reportagem sobre urgências hospitalares (1997).

Escreveu, também, os romances A Casa Quieta (2005), Mulher em Branco (2006), Canário (2007), O Pianista de Hotel (2017) e Jogos de Raiva (2018). 
Elogiado pela crítica, foi considerado uma das vozes mais importantes da nova literatura portuguesa. 

É ainda autor dos argumentos cinematográficos de Coisa Ruim (2006) e Entre os Dedos (2009), e da peça de teatro Os pés no arame (estreada em 2002, com nova encenação em 2016).


BIBLIOGRAFIA

Daqui a Nada, 1992, Romance, Contexto. (2ª ed. Saitedaqui-2002; 3ª ed.Dom Quixote-2005)
Os Pés No Arame, 2002, Teatro, Saitedaqui.
A Casa Quieta, 2005, Romance, Dom Quixote.
Mulher em Branco, 2006, Romance, Dom Quixote.
Canário, 2007, Romance, Dom Quixote.
Pianista de Hotel, 2017, Romance, Dom Quixote.
Jogos de Raiva, 2018, Romance, Dom Quixote.


«Quero acreditar que já não estarias em casa por alturas em que cheguei, mas não sei dizer. A verdade é que não te procurei. Mais uma vez. Penso que fiz as coisas do costume, penso hoje quando penso nisso que fiz as coisas do costume, terei deixado o sobretudo ao acaso, abri o frigorífico, fechei, abri uma outra vez, sem saber bem o que procuro, acontece-me quase sempre. As coisas do costume. Vagueei sem saber bem, o sobretudo caído alguém há de arrumar, tu tratas disso. Do frigorífico, abro, fecho, abro outra vez, quero pouco, não sei que quero, deixei de beber prometi-te acho que te prometi, não sei que beba.»

in A Casa Quieta, 2005


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