segunda-feira, 19 de março de 2018

Encontro com a escritora Manuela Ribeiro

Autora de poemas e de histórias infantojuvenis, Manuela Ribeiro esteve na nossa biblioteca, no dia 12 de março. 

Interessados e atentos, participaram no encontro com a escritora alunos do 2º ciclo da Escola Básica e Secundária de Lordelo e meninos do 3º e 4º ano da Escola Básica nº2 desta cidade.

Houve lugar a uma “viagem” pelos livros da escritora, a perguntas e respostas sobre a sua obra e, finalmente, aconteceu o momento mais desejado em que reinou o silêncio total:  ouvir um conto pela voz da própria autora.




A terminar o encontro, alguns minutos de convívio animado durante a realização de uma sessão de autógrafos.

Na despedida, as escolas participantes levaram livros autografados para as respetivas bibliotecas, numa oferta da Biblioteca da Fundação A LORD.




Porque estamos a celebrar o mês especialmente dedicado à poesia, deixamos aqui mais uma sugestão de leitura para os mais pequeninos, assinalando a visita de Manuela Ribeiro: Versos para meninos que comem sempre a sopa toda.


“Porque a sopa contém um ingrediente mágico que confere a quem a come um enorme sentido de humor, este livro só poderá ser lido por quem a comer mesmo até à última colherada!”

"O vento está constipado”


O vento está constipado.
Espirra e tosse, coitado!
Varre tudo à sua frente.
O vento está muito doente.

Passou a noite a gemer
Sem poder adormecer.
Tinha o nariz entupido
E doía-lhe um ouvido.

De manhã, muito cedinho,
A mãe levou-lhe um chazinho
E uma torrada quentinha
Para comer na caminha.

Sossegou por um bocado
Mas depois, muito agitado,
Pôs-se outra vez a fungar,
A tossir e a espirrar.

Vamos já tudo fechar
Para ele não entrar.
É preciso ter cuidado,
Que o vento está constipado.


Peixe! Peixe! Peixe!


Fui pescar um peixe ao mar, 
Mas foi total a pescaria
Que mais pareço morar
Numa enorme peixaria.

Pela manhã como pargo,
Ao almoço caldeirada,
À merenda grelho um sargo,
Ao jantar há só pescada.

Faço tanto cozinhado
Desta e daquela maneira,
Que o meu peixinho dourado
Ganhou medo à frigideira.

Sempre o mesmo no meu prato!
Quem me dera umas sopinhas!
Até o guloso do gato
Já não pode ver espinhas!"


"Querem mesmo saber
o que contam estes poemas?
Para isso, terão de comer
primeiro a sopinha toda..."

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